2 Dedos de Prosa com Maria Luzia Magalhães (especial mês da mulher)

” Agradeço a Deus pela vida, aos familiares que me ajudaram, meus pais, que respeitaram a minha vontade de querer mais e me apoiaram sempre.”

Como toda mulher nordestina, Maria Luzia Magalhães, carrega suas cicatrizes de luta. Mas, a coragem de sempre se levantar e sacudir a poeira sempre fez com que essa mulher, de 77 anos, jamais perdesse seu entusiamo pela vida. Graduada pela PUC Goiás em 1963, é enfermeira aposentada. “Trabalhei 30 anos no Hospital das Clínicas da UFG. O trabalho com saúde é desafiador, mas, também recompensante.” revela.

Para conhecer mais sobre os desafios pessoal dessa mãe de quatro filhos e avó de seis crianças, sendo entre eles quatro meninas, visitamos seu atelie de artesanato. Entre caixinhas de madeira, ela contou sobre sua trajetória e inspirações. Confira o nosso 2 Dedos de Prosa, com essa mulher que nas horas vagas faz dos livros os seus companheiros, e também aprecia o melhor da música romântica.

Em particular, investi primeiro na carreira profissional, depois na vida familiar. Não achei que foi uma decisão tardia, mas no tempo certo.

Patricia Finotti- Quais são os principais desafios, pessoal ou profissional, em ser mulher?

Maria Luzia Magalhães – A qualificação profissional da mulher ao longo dos anos , ela que foi mostrando sua capacidade, em ocupar cargos relevantes na sociedade. Há algumas décadas, a mulher não era vista no mercado de trabalho com capacidade profissional igual ao sexo oposto, até mesmo com vencimentos inferiores. Esses são os principais desafios que a mulher tem em fretado.

P.F. – As mulheres ao longo dos anos conquistaram muitos espaços na sociedade.  Uma das principais conquistas, foi o de ocupar com maior relevância o mercado de trabalho, como por exemplo, em cargos de chefia, que antes eram tomados somente por homens. Essas lutas diárias, as obrigaram a aprender a tentar equalizar o tempo entre o trabalho e a família. O que, em muitas situações geram frustrações e culpa, por não conseguirem realizar todas as tarefas a contento, ou com a perfeição que gostariam. Como você percebe esta realidade? 

M.L.M. – Em particular, investi primeiro na carreira profissional, depois na vida familiar. Não achei que foi uma decisão tardia, mas no tempo certo. 

Como profissional consegui ajustar trabalho e família, uma realidade muito difícil. Não sei se consegui esse equilíbrio, cada dia era uma meta. Acho que me organizava, priorizando o que era mais necessário.

P.F – Ao profissional da saúde é requerido muita dedicação em relação a estudos e também aos cuidados com o paciente. Qual conselho daria para as mulheres que estão ingressando em uma carreira que está voltada para essa área? 

M.L.M. – As mulheres que optarem pela área da saúde, eu parabenizo. Tratando-se da enfermagem, é uma profissão que requer muita dedicação e aprimoramento. Como qualquer outra profissão, dedicar-se ao máximo, procurando sempre qualificar-se. É uma missão que requer muita ética. Finalmente,agradeço a Deus por ter me escolhido para essa linda jornada. Trinta anos bem trabalhados, com muita alegria e às vezes doloridos também pelo próximo. O legado continua na família, no lar com os filhos.

Como profissional consegui ajustar trabalho e família, uma realidade muito difícil. Não sei se consegui esse equilíbrio, cada dia era uma meta.

P.F – Qual foi o maior desafio de sua vida? 

M.L.M. – Comemoro hoje e sempre esse desafio, independência financeira advinda do trabalho e formação de uma família bem estruturada.

P.F – Qual a sua maior conquista? 

M.L.M. – Como profissional, superei obstáculos, e  concomitante construir uma linda família.

P.F – Você tem alguém que te inspira em sua sua trajetória?

M.L.M. – A minha inspiração são todas as mulheres. Seres de sexo forte que não desistem de seus sonhos.

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