Ação no Araguaia Shopping discute direito de paciente escolher como quer ser cuidado ao ter doença grave

Pablo Santos

Iniciativa faz parte do Dia Mundial de Cuidados Paliativos, cujo tema este ano é “Meu Cuidado, Meu Direito”

“Em uma situação ameaçadora da vida, você gostaria de poder decidir como ser cuidado?” A pergunta, que pode determinar como serão os últimos anos, meses ou dias da vida de uma pessoa, será feita nesta sexta-feira, 11 de outubro, a visitantes do Araguaia Shopping, no Norte Ferroviário. A iniciativa faz parte das comemorações do Dia Mundial de Cuidados Paliativos, celebrado este ano em 12 de outubro.

Com o tema “Meu Cuidado, Meu Direito”, o objetivo da campanha, realizada em todo o mundo pela The Worldwide Hospice Palliative Care Alliance (WHPCA), é pontuar os cuidados paliativos como um direito humano do paciente e de familiares. Em Goiânia, a iniciativa é realizada pelo Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG, única unidade de Saúde do Estado a contar com uma ala exclusiva para cuidados paliativos, o Núcleo de Atendimento ao Paciente Paliativo (NAPP), que já atendeu, em dois anos, mais de mil pessoas.

Durante a ação no Araguaia Shopping, a equipe do NAPP vai abordar os visitantes, convidá-los a responder a pergunta em totens e explicar o que são os cuidados paliativos e o direito de poder escolher como quer ser tratado. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o cuidado paliativo é uma abordagem que melhora a qualidade de vida dos pacientes e suas famílias frente aos problemas associados a doenças potencialmente fatais, através da prevenção e alívio do sofrimento, identificação precoce, avaliação e tratamento impecável da dor e outros problemas físicos, psicossociais e espirituais.

Levantamento da Comissão Lancet sobre o Acesso Global a Cuidados Paliativos e Alívio da Dor aponta que 25,5 milhões de pessoas morrem, a cada ano, com graves sofrimentos físicos e psicológicos devido a doenças graves e incuráveis. Os cuidados paliativos têm o objetivo de aliviar essa dor em pacientes e em suas famílias, dando a oportunidade deles escolherem como querem o tratamento. “Quando eu falo de morte, de doença grave, de como ela vai evoluir, eu estou dando a chance de as pessoas entenderem, das pessoas se posicionarem, porque nem sempre a pessoa quer viver a vida que seu familiar acha que é boa. Então, a gente pergunta para uma pessoa, que está na cama, com uma sequela neurológica, por exemplo, comendo por uma sonda, respirando por um cateter, se ela quer viver essa vida. Será que a gente se põe nesse lugar? Então a gente vai falar mais sobre essas coisas, sobre essas doenças e ouvir (o paciente e a família)”, diz a geriatra responsável pelo NAPP, Ana Maria Porto Cavas, que estará no evento para dar entrevista à imprensa.

Serviço:

O que: Dia Mundial de Cuidados Paliativos
Quando: sexta-feira, 11 de outubro
Horário: das 9h às 14h
Onde: Araguaia Shopping

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