CCBB-BH recebe a estreia nacional do projeto “Do Palais a Paris – 100 anos dos Oito Batutas”

Fábio Gomides / A Dupla Informação

(divulgação)

Mostra celebra os cem anos da estreia dos Oito Batutas, primeiro grupo musical brasileiro a levar nossa música popular para o exterior, com a realização de três shows em janeiro e um show em fevereiro, reunindo nomes como Dudu Nobre, Fabiana Cozza, Nailor Proveta e Lucas Britto. As apresentações serão conduzidas por Haroldo Costa, com idealização e direção musical do maestro Antonio Seixas e concepção da Banda Filarmônica do Rio de Janeiro

Em abril de 1919, os “Oito Batutas” fizeram sua estreia no elegante Cine Palais, na região central da cidade do Rio de Janeiro. Três anos mais tarde viajariam a Paris, e após esta viagem se consagrariam como um dos grupos musicais mais importantes da história da música brasileira, além de ser o primeiro grupo nacional a levar a nossa música popular para o exterior. Agora, em comemoração aos cem anos de sua primeira apresentação, o Centro Cultural Banco do Brasil – BH recebe, a partir do próximo dia 15 de janeiro, a estreia nacional do projeto “Do Palais a Paris – 100 anos dos Oito Batutas”, uma série de quatro shows protagonizados pelo Conjunto Época de Ouro que receberá músicos e intérpretes contemporâneos. 

Os Oito Batutas revolucionaram a estética musical da época, incorporando novos elementos e sonoridades à nossa música popular através do contato dos seus integrantes com os músicos de jazz e de outros gêneros musicais, em sua viagem a Paris em 1922.

Os espetáculos, realizados nos dias 15, 22 e 29 de janeiro, além do dia 05 de fevereiro, apresentam as diferentes fases dos Oito Batutas e abordam diversos gêneros musicais e ritmos que marcaram a trajetória do grupo como maxixes, corta-jacas, batuques, cateretês, choros, sambas, toadas, lundus, emboladas, cocos, foxtrotes, ragtimes e shimmies. Depois da estreia na capital mineira, o projeto segue para o Rio de Janeiro (abril) e São Paulo (junho), sempre nas unidades do Centro Cultural Banco do Brasil.

A série de shows tem direção musical do maestro e pesquisador Antonio Seixas, apresentação do ator, produtor e sambista Haroldo Costa e, como anfitrião, o Conjunto Época de Ouro, fundado por Jacob do Bandolim em 1964.

A proposta do projeto “Do Palais a Paris – 100 anos dos Oito Batutas” é apresentar a versatilidade da música brasileira e sua história através das vozes de Dudu Nobre e Fabiana Cozza, além do clarinete/saxofone de Nailor Proveta e da flauta/saxofone de Lucas Brito, reunindo nomes consagrados e novos talentos da MPB, que possuem em comum uma profunda ligação com o choro e o samba.

Os shows serão realizados pelo Conjunto Época de Ouro, que, em cada um dos quatro espetáculos da série, receberá um músico/intérprete convidado. Todos os espetáculos darão ênfase às diferentes fases dos Oito Batutas e de seus integrantes como:

  • Antes do sucesso – As rodas de choro na casa da Tia Ciata e no Grupo do Caxangá;
  • O início – A temporada no Cine Palais e o sucesso nacional;
  • A glória internacional – A viagem a Paris e o contato com novas estéticas musicais;
  • Uma nova história se inicia – A dissolução do grupo em viagem à Argentina onde realizaram seus únicos registros fonográficos.

Durante as quatro apresentações, o público terá a oportunidade de acompanhar um repertório composto por obras de Pixinguinha, além de composições de Catulo da Paixão Cearense, Chiquinha Gonzaga, Ernesto Nazareth, Bonfiglio de Oliveira, Donga, China, João Pernambuco, e muitos outros.

::Sobre os Oito Batutas::

No ano de 1919, Pixinguinha era um jovem músico que empunhava sua flauta em rodas de choro na casa da Tia Ciata e no Grupo do Caxangá, orquestra formada pela nata dos chorões do Rio de Janeiro, como Donga, China e João Pernambuco, e que se dedicava à execução de músicas nordestinas e de caráter regional. O Cine Palais era um elegante cinema localizado na Avenida Rio Branco, região central da cidade do Rio de Janeiro e frequentado pela elite da cidade cujo gerente era Isaac Frankel, um senhor calvo, de bigodes, sempre com um charuto nos lábios. A gripe espanhola havia feito mais de 14 mil mortos entre a população carioca em 1918, e os cinemas se ressentiam da ausência do público, que, desde a grande pandemia, evitava aglomerações em lugares fechados.

Impressionado com a multidão reunida por um bloco carnavalesco que se apresentava no coreto do Largo da Carioca – o Grupo do Caxangá –, Isaac Frankel abordou Pixinguinha, um dos músicos do grupo, e o arrastou para uma conversa em particular atrás do coreto. Frankel tinha uma proposta tentadora para Pixinguinha: montar um grupo para se apresentar na sala de espera do elegante cinema nos intervalos entre as sessões dos filmes em cartaz. O Grupo do Caxangá era composto por 19 músicos e Frankel, então, sugeriu um número reduzido de integrantes e ao mesmo tempo propôs um nome sonoro para a nova orquestra: “Oito Batutas”.

A estreia dos Oito Batutas ocorreu em abril daquele ano, vindo a se tornar um dos grupos musicais mais importantes da história da música brasileira, sendo a sua primeira formação: Pixinguinha na flauta; Donga, Raul Palmieri e China nos violões; Jacob Palmieri no pandeiro; Luís Pinto na bandola e reco-reco; Nelson Alves no cavaquinho; e José Alves de Lima no bandolim e ganzá.

::Serviço::

CCBB-BH recebe a estreia nacional do projeto “Do Palais a Paris – 100 anos dos Oito Batutas”

Datas:

15/01 – Época de Ouro convida Dudu Nobre

22/01 – Época de Ouro convida Lucas Brito

29/01 – Época de Ouro convida Nailor Proveta

05/02 – Época de Ouro convida Fabiana Cozza

Horário: sempre às 20h

Local: Teatro I do Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450 – Funcionários)

Ingressos: R$30 inteira e R$15 meia

Indicação: Livre

Idealização e Direção musical: Antonio Seixas

Concepção: Banda Filarmônica do Rio de Janeiro

Anfitriões musicais: Conjunto Época de Ouro

Apresentação: Haroldo Costa

Produção: Giz em Cena Produções e Farolcine Produções

Produção local: MH Produções

Centro Cultural Banco do Brasil – BH

Endereço: Praça da Liberdade, 450 – Funcionários

Dias e Horários de funcionamento: de quarta a segunda, das 10h às 22h

Informações: http://culturabancodobrasil.com.br/portal/belo-horizonte

Entrada Gratuita

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