“Chip da Beleza”: implantes hormonais contribuem para a saúde feminina

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Segundo o médico do esporte, pós-graduado em Nutrologia e Endocrinologia, Amir Saado, os tubinhos de silicone com 4cm de tamanho são colocados de maneira subcutânea e agem liberando gradativamente os hormônios todos os dias

Os implantes hormonais nada mais são que um mecanismo novo e mais moderno para realizar a otimização metabólica do organismo através do uso racional e, é claro, respeitando a necessidade e individualidade de cada paciente. Seu uso caiu nas graças das mulheres modernas que querem ser mais ativas, ter qualidade de vida, ter libido boa, um cabelo bonito, uma pele mais viçosa, mantendo a jovialidade acima de tudo. Por ser um dispositivo pequeno e de fácil colocação, as mulheres em idade reprodutiva querem o benefício da anticoncepção e desfrutar dos efeitos colaterais que são, na verdade, o motivo pelo qual os implantes são conhecidos como “Chip da Beleza”: melhoram o tônus muscular, ajudam na perda de peso, reduzem medidas e diminuem as celulites.

Segundo o médico do esporte, pós-graduado em Nutrologia e Endocrinologia, Amir Saado, os tubinhos de silicone com 4cm de tamanho são colocados de maneira subcutânea e agem liberando gradativamente os hormônios todos os dias. “A liberação simula a fisiologia humana, com um mecanismo muito próximo ao natural, parecido com a própria produção hormonal do organismo da mulher. Normalmente, o local escolhido para a aplicação é na região do glúteo porque tem uma musculatura maior e, nos casos de mulheres que precisam de mais de um tubinho, podemos colocar um ao lado do outro”, afirma.

Dentre as principais indicações para uso desse método, a primeira é a anticoncepção, pois apresenta uma taxa de eficácia igual aos medicamentos de via oral. Em segundo lugar – dependendo muito do tipo de hormônio escolhido -, percebeu-se que o uso dos implantes apresentava resultado excelente no tratamento da endometriose, que é o acúmulo do sangue na época da menstruação, fora do local habitual. Segundo relatos, muitas mulheres evitaram a cirurgia por causa dos implantes.

“Costumo dizer que não existe tratamento perfeito, e sim um paciente perfeito para o tratamento. Em alguns casos, nos três meses é comum alguns efeitos colaterais, como escape menstrual, queda de cabelo, acne e pele oleosa, pois nessa fase o corpo ainda está se ajustando aos efeitos do implante. Mas também existem pacientes que não sentem nada disso e passam ilesas pelo procedimento, não há como detectar, mas podemos amenizar os efeitos e torná-los suportáveis caso aconteçam”, pontua o médico.

A combinação dos hormônios depende dos objetivos da mulher e só é definida após uma pesquisa detalhada, com levantamento do perfil hormonal. Seis hormônios estão disponíveis para utilização: elcometrina, nomegestrol, gestrinona, estradiol, testosterona e progesterona, mas é possível combinar os hormônios no implante, com uma média de três hormônios. A duração do tratamento depende do objetivo de cada paciente, podendo ser seis meses ou um ano. Na maioria das vezes, para a anticoncepção e mudança do perfil corporal, os mais frequentes são implantes de um ano.

“De forma geral vale muito a pena, pois é a melhor alternativa para fazer a otimização hormonal, dentre as formas conhecidas atualmente. Essa via de administração hormonal possibilita controlar os efeitos porque cada implante é feito manualmente com o uso do microscópio, não é produzido por máquinas e nem grande escala, por isso é muito seguro. É um investimento com retorno muito positivo, mas que infelizmente não é acessível financeiramente para todo mundo. Acho que esse é o pior efeito colateral”, finaliza Amir. (Karolina Vieira)

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