Elucidação dos fatos traz alívio para moradores de condomínio

*** Por Sérgio CecílioPresidente da Saalva – Residencial Aldeia do Vale

Depois de ser duramente pré-julgado após episódio em que um entregador negro de uma sanduicheria da capital goiana fora vítima de racismo, supostamente praticado por uma moradora do Residencial Aldeia do Vale, a Associação dos Amigos do Aldeia do Vale (Saalva), responsável pela administração do residencial, celebra que a verdade dos fatos esteja aparecendo.

No último dia 29 de dezembro, a Polícia Civil divulgou que, de acordo com as investigações, o autor do crime de racismo não estava em Goiás no momento da ofensa e que os dados documentais utilizados por ele para fazer o pedido no aplicativo são de terceiros. 

O crime fora praticado em 25 de outubro deste ano. Na mesma semana, a administração do residencial já havia identificado em seu sistema interno de cadastro, que os dados do autor do crime, fornecidos pela autoridade policial, não eram de nenhum morador, prestador de serviço ou visitante.  Nas redes sociais, a informação fora recebida com desconfiança.

Diante das divulgações massivas do fato e conclusões precipitadas feitas à época, um crime de ódio, como o racismo, gerou a prática de outros crimes: o nome do condomínio foi divulgado negativamente, sendo atacado com manifestações de ódio nas mídias sociais, assim como seus moradores. Acuados, muitos moradores chegaram a ficar com medo de sair de casa durante dias, em detrimento da proliferação de ataques nas mídias sociais, e manifestação violenta nos dias que sucederam o episódio.

Chegar ao fim do ano com a elucidação dos fatos é motivo de satisfação, reforço na confiança nas autoridades e na expectativa de que a justiça está sendo feita e que a verdade prevalecerá. 

O respeito a todas as pessoas, independente de credo, gênero ou raça, é princípio de toda a comunidade que vive no residencial, cuja administração prontamente se colocou à disposição das autoridades para investigação desde o primeiro momento, justamente por não compactuar com o crime de racismo.

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