Instituto Ronald McDonald completa 21 anos de amor à vida e pede doações online

Agência A+ / Paula Granha Fiuza

Só em 2019, a organização sem fins lucrativos realizou cerca de 95 mil atendimentos a crianças e adolescentes com câncer em tratamento e seus familiares. Com a pandemia do Coronavírus, mais do que nunca o Instituto Ronald precisa de doações para manter seus projetos

“Nunca imaginei um filho doente, muito menos com câncer. Mas aconteceu e minha Majú foi diagnosticada com Leucemia. Deus nos colocou no melhor hospital, com os melhores profissionais e nos presenteou com um lar. Sim, um lar! Quando não tínhamos ninguém, a Casa Ronald McDonald foi o nosso lar”. O depoimento, emocionado, é da dona de casa Diana Corrêa Sanclér, mãe da Majú, de 10 anos, que há quase um ano realizou o tratamento oncológico. São as doações recebidas e as histórias como a de Diana e Majú, que saíram, em 2015, do Amazonas para Campinas, em São Paulo, que movem o Instituto Ronald McDonald, que completa neste mês de abril, 21 anos de amor à vida.

Com a missão de aproximar famílias da cura do câncer infantojuvenil, só em 2019, a organização sem fins lucrativos que depende exclusivamente de doações de pessoas físicas e empresas, realizou cerca de 95 mil atendimentos a crianças e adolescentes com câncer em tratamento e seus familiares. Foram beneficiados 76 projetos, de 52 instituições em 43 municípios de 21 estados no ano passado.

“O Instituto nos acolheu, nos deu atendimento psicossocial e nos repassou segurança e esperança. Sem o Instituto Ronald, talvez não conseguíssemos enfrentar o que enfrentamos”, lembra Diana.

No Brasil, o câncer é a doença que mais mata na faixa etária de 1 a 19 anos, segundo o Inca – Instituto Nacional de Câncer. A cada hora, no país, surge um novo caso de câncer em crianças e adolescentes.

Ao longo dos 21 anos de história, o Instituto Ronald, vencedor por três anos consecutivos como Melhor ONG e ganhador, em 2018, como a Melhor ONG na categoria Saúde pelo Instituto Doar, contribuiu com muitos projetos que mudaram a realidade de crianças e adolescentes antes, durante e depois do tratamento do câncer. Para aproximar famílias da cura do câncer infantojuvenil, o Instituto atua por meio dos programas: Diagnóstico Precoce, Atenção Integral, Espaço da Família Ronald McDonald e Casa Ronald McDonald.

Em 2019, só nas sete Casas Ronald McDonald ao redor do Brasil, foram realizados 9.854 mil atendimentos a crianças, adolescentes e acompanhantes. Foram mais de 16 mil viagens gratuitas de ida e volta aos Hospitais e mais de 550 mil refeições servidas. Já com o programa Espaço da Família, foram realizados cerca de 59 mil atendimentos.

“Ao longo desses 21 anos de história, o Instituto investiu em programas em prol de crianças e adolescentes com câncer, com o objetivo de promover saúde e qualidade de vida antes, durante e após o tratamento. Somos gratos por todos os parceiros, voluntários e amigos da causa, que se dedicaram de forma incansável para que mais famílias fossem beneficiadas. Mas agora, temos mais um desafio, enfrentar a pandemia do Coronavírus e mais do que nunca precisamos de doações”, solicita o superintendente do Instituto Ronald McDonald, Francisco Neves.

DESAFIO COM A COVID-19

Mas ainda há grandes desafios, principalmente com o contexto mundial da pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) e as novas medidas adotadas para prevenir o contágio e proliferação do vírus. O Instituto teve, nas últimas semanas, uma queda significativa de arrecadação, comprometendo a capacidade de manutenção dos serviços em atividade no país para tratamento e assistência das crianças e adolescentes com câncer.

Para amenizar esses danos, o Instituto precisou refazer seu planejamento de campanhas de arrecadação neste semestre e para enfrentar a COVID-19 lançou a campanha online “Vamos vencer juntos o Coronavírus”, convocando a sociedade para que realize doações e ajude crianças e adolescentes com câncer do Brasil a atravessarem mais essa crise. O link para doação é bit.ly/DoeInstRonald.

Como importante articulador da rede da oncologia pediátrica, a organização sem fins lucrativos busca mais do que nunca apoio de empresas e pessoas físicas para manter seus projetos e ajudar as crianças e adolescentes com câncer, que apresentam um quadro de imunidade muito frágil devido ao tratamento oncológico, sendo mais um perfil no grupo de risco.

Com o intuito de contribuir ainda mais com a segurança de todos e evitar a transmissão ou exposição ao risco, o Instituto Ronald McDonald, além de suspender vários eventos de arrecadação, viagens e reuniões, fechou os Espaços da Família nos hospitais parceiros e aumentou, nas sete Casas Ronald McDonald do país, as medidas de higienização dos quartos, além de adotar o isolamento de todos os hóspedes das unidades. O Instituto Ronald também adiou, por tempo indeterminado, a capacitação dos profissionais da saúde por meio do Programa Diagnóstico Precoce.

QUELO AJUDAR

O Instituto ainda conta com parcerias de empresas para atravessar mais esse desafio. Como parte da programação do aniversário da organização, o Quelo oficial criou, especialmente para ajudar crianças e adolescentes com câncer no país neste momento, um post convidando à população a doar e ajudar na cura do câncer infantojuvenil.

AS CHANCES DE CURA

A chance média de sobrevivência à doença é estimada em 64%. Porém, as chances não são as mesmas em todas as regiões do país. Conforme o levantamento feito pelo Inca, enquanto as chances médias de sobrevivência nas regiões Sul são 75% e na região Sudeste são 70%, nas Região Centro-Oeste, Nordeste e Norte elas são 65%, 60% e 50% respectivamente. A meta do Instituto Ronald é chegar aos países com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), que ultrapassam 85% de cura.

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