Instituto Ser Tão Grande abre inscrições para alunos da rede pública no dia 12 de agosto

Juliana Carnevalli

Os jovens talentos selecionados terão acesso a incentivo educacional multidisciplinar durante todo o Ensino Médio 

Estudantes da rede pública que cursam o nono ano do Ensino Fundamental podem se inscrever para a seleção do Instituto Ser Tão Grande, a partir do dia 12 de agosto. Os jovens selecionados terão acesso a financiamento educacional multidisciplinar, além de inserção em programas de desenvolvimento pessoal e orientação profissional até o ingresso na universidade. 

O instituto tem duas frentes de atuação: o financiamento integral do Ensino Médio nas melhores escolas particulares de Goiânia ou, para aqueles alunos que queiram continuar na escola pública, o financiamento de cursos de reforço no contraturno. Todos os estudantes terão acesso a aulas de inglês. Os Jovens Ser Tão Grande contarão com uma rede de mentoria formada por profissionais expoentes em suas carreiras e pessoas com experiências em universidades de referência mundial, como Harvard e Columbia.

As inscrições são gratuitas e devem ser feitas exclusivamente pelo site www.institutosertaogrande.org. Podem participar da seleção alunos que estudem em escolas públicas, sejam de baixa renda, tenham idade entre 12 e 15 anos, apresentem alta performance escolar e vontade de contribuir para um mundo melhor. 

O objetivo do Ser Tão Grande, uma instituição privada sem fins lucrativos, é conectar pessoas que querem investir em educação, estudantes de alto potencial acadêmico e instituições de ensino de excelência. 

Como será feita a seleção?
O processo seletivo tem cinco etapas. Há critérios de desempenho acadêmico, socioeconômico e de habilidades socioemocionais. O estudante precisa cadastrar-se no site a partir de 12 de agosto e passar por prova on-line, entrevista on-line, prova presencial e entrevista presencial.

O Instituto
O Instituto Ser Tão Grande, entidade privada sem fins lucrativos, nasceu da ideia de dois jovens goianos que acreditam haver muitos talentos e potencialidades que estão se perdendo pelo caminho por falta de oportunidade. “Sabe-se que 90% da nota do Enem é influenciada por fatores econômicos e culturais. Muitas oportunidades no Brasil e em Goiás nascem no berço, por pura seleção biológica aleatória. Nós queremos quebrar esse ciclo”, explica Ismael Cavalcante, um dos fundadores do instituto. 

A iniciativa é financiada por doadores que, por acreditarem no poder transformador da educação, querem investir em jovens talentos. O valor arrecadado é 100% revertido em financiamento de estudo para os alunos selecionados. Quem entra para o programa terá os três anos do Ensino Médio garantidos em escolas particulares ou, caso opte por continuar na escola pública, terá acesso a cursos de reforço no contraturno, além de aulas de inglês. Mais do que proporcionar um ensino de qualidade, o Ser Tão Grande busca desenvolver potencialidades. 

“Nós queremos impactar a educação como um todo. Nossa principal meta é dar perspectiva e abrir a visão de mundo desses jovens. Veja este dado: 93% dos jovens de 18 anos não sabem calcular uma equação matemática simples, nosso desempenho é pior do que o Vietnã. Como sociedade, precisamos mudar isso, e todas as iniciativas são bem-vindas”, diz Daniel Mortoni, também fundadores do instituto. 

Efeito multiplicador
Não há nenhum contrato que obrigue o jovem ou a família a devolverem algo ao programa. “Teremos um compromisso moral com eles, para que atinjam todo seu potencial e retribuam de alguma forma, como entenderem melhor. Acreditamos que nosso processo seletivo vai filtrar esse perfil naturalmente, pessoas que não pensam somente em si, que entendem que vivemos em comunidade”, explica Ismael. 

“Esperamos que os jovens selecionados sejam muito bem-sucedidos em suas carreiras, quaisquer que sejam, e devolvam para a sociedade essa oportunidade. Queremos ter efeito multiplicador. A ideia é que um jovem Ser Tão Grande influencie a vida de dezenas de outras pessoas”, acrescenta Daniel.

Os idealizadores
Ismael Cavalcante é administrador de empresas pela FGV de São Paulo. Trabalhou 3 anos no Banco Santander. Trabalha com educação há 5 anos, sendo 2 anos no Instituto Ayrton Senna e 3 anos como diretor de Operações da Somos Educação, maior empresa de educação básica do Brasil. Daniel Mortoni é graduado em Administração pela USP e sócio-fundador de uma startup de finanças.

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