Prematuridade – QUAIS OS PRINCIPAIS FATORES E MÉTODOS DE PREVENÇÃO?

As causas da prematuridade são multifatoriais, desde os casos de pré-eclâmpsia até infecções

Por ano, nascem em torno de 15 milhões de prematuros no mundo. No Brasil, são cerca de 931 partos prematuros por dia ou 40 por hora, indicando uma taxa de prematuridade de 12,4%. Esses dados são do Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos (Sinasc) do Ministério da Saúde e confirmados por uma pesquisada Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que acompanhou 30 mil nascimentos em 20 maternidades referência das regiões Sul, Sudeste e Nordeste do país.

As causas desse problema são as mais diversas. Alguns fatores estão relacionados diretamente à mãe e sua condição de saúde, enquanto outros são próprios do período gestacional. “Obesidade, idade avançada, tabagismo e pressão arterial elevada são alguns dos fatores responsáveis por elevar o risco de um parto prematuro. No entanto, mais da metade dessas ocorrências acaba acontecendo de forma espontânea”, comentam Luciana Marques e Natalia Modica, enfermeiras da Criogênesis.

Há ainda outros fatores que influenciam nos partos prematuros e que podem acometer tanto mulheres que já foram mães quanto as de primeira gestação, como explicam as profissionais: “malformação fetal, encurtamento do colo do útero ou insuficiência deste, além de um pré-natal inadequado, também podem contribuir para esta situação. Bebês que nascem antes do tempo tem mais possibilidade de desenvolver atraso psicomotor e problemas no pulmão”, alertam.

Para prevenir o problema, as gestantes tem de estar permanentemente atentas a qualquer sinal diferente do organismo. “Infecções e inflamações, estresse, sangramentos vaginais e distensão abdominal, no caso de gestações múltiplas como as gemelares, são fatores de risco para o trabalho de parto prematuro. A manifestação é o endurecimento da barriga persistente e repetitivo na paciente em repouso”, ressaltam.

Além das consultas e exames do pré-natal, as futuras mamães podem seguir algumas recomendações para uma gestação saudável até o final. Confira a seguir:

·         Revele ao médico o seu histórico de saúde. Doenças crônicas e reações alérgicas, assim como o histórico de saúde do pai do bebê, devem ser revelados.

·         Mantenha-se em uma faixa de massa corporal adequada. Converse com o obstetra e, se preciso, faça o acompanhamento da dieta alimentar com uma nutricionista.

·         Evite bebidas alcoólicas: o álcool, durante a gestação, mesmo em doses muito pequenas, pode ter efeitos bastante nocivos para a criança, incluindo retardo mental, dificuldades de aprendizagem, defeitos na face e problemas de desenvolvimento.

·         Não fume. As mulheres devem parar de fumar não apenas durante a gravidez, mas também durante a amamentação.

·         Mantenha o calendário de vacinação atualizado. Converse com seu obstetra sobre o assunto: algumas vacinas estão contraindicadas na gravidez e outras necessitam reforço.

·         Esteja alerta para sangramentos e observe líquidos e secreções vaginais.

·         Nunca faça automedicação. Anti-inflamatórios podem trazer sérias complicações para o bebê.

(Natalia Galluzzi)

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