
Dirigida por Gustavo Wabner, a peça é protagonizada por Alexandre Lino e Daniel Dias da Silva . Pela primeira vez, os atores atuam juntos no palco.
Nestor (Alexandre Lino) é um pintor cego, de personalidade forte, que, apesar da deficiência visual, domina o frágil e taciturno Lázaro (Daniel Dias da Silva), alguns anos mais jovem, com quem divide um apartamento decadente. Entre os dois se estabelece uma dinâmica própria, eventualmente perversa,em que o cuidado fraterno cede lugar ao rancor desenfreado, mas também com momentos e situações inusitadas e divertidas. Até que a chegada de Lúcia, uma encantadora vizinha que se mudou recentemente para o prédio, ameaça desestruturar essa relação. Eles a convidam para uma visita e é nessa noite de espera que a montagem se concentra, quando os traumas do passado dos irmãos vêm à tona, embalados por delírios, sonhos e culpas, levando a um final surpreendente.
“Apesar de ter apenas 16 páginas, o texto da escritora baiana ,Cláudia Barral, tem várias camadas de poesia que o espectador vai saboreando e desvendando com prazer”, ressalta o ator e produtor, que tem planos de adaptar “O Cego e o Louco” para ser encenada em Buenos Aires (Argentina).
Alexandre Lino, que já viveu um deficiente visual no espetáculo “Asilo Paraíso” e dirigiu “Volúpia da Cegueira”, com atores cegos no elenco, tem intimidade com o tema e, para ele, a volta aos palcos é motivo de celebração. Após lotar os teatros com Valdisnei, o simples e intrometido protagonista da comédia “O Porteiro”, ele decidiu levar o personagem para a Internet, em divertidas lives, mas garante que voltar com “O Cego e o Louco” tem um sabor especial.
“O público nos cobrava muito por uma nova temporada, pois tivemos todas as sessões com lotação esgotada antes da pandemia . Nessa versão híbrida, o público que está fora do Rio e do país pode conferir o espetáculo ao vivo”
O diretor Gustavo Wabner também está vibrando com o retorno. Ele, que tem no currículo as montagens de “Navalha na Carne”, de Plínio Marcos – em que a atriz Luisa Thiré homenageava a avó Tonia Carrero – e da comédia “Sylvia“, de A. R. Gurney, lembra que a sessão presencial respeita o protocolo da pandemia.
“Para nós, essa volta tem um valor simbólico muito forte, de retomada, a Cultura como um bálsamo necessário e uma esperança de novos dias. São apenas 40 lugares na plateia ,por sessão, mas com transmissão ao vivo. O espectador pode comprar um ingresso e optar por assistir ao espetáculo em casa, no escritório, com a família, amigos, em qualquer lugar do Brasil e do mundo. Não é maravilhoso?”
FICHA TÉCNICA
Texto: Claudia Barral
Direção: Gustavo Wabner
Elenco: Alexandre Lino e Daniel Dias da Silva
Figurino: Victor Guedes
Cenografia: Sergio Marimba
Iluminação: Mantovaniluz
Trilha Sonora: Tibor Fittel
Direção de Movimento / Coreografia: Sueli Guerra
Direção de palco: Renato Rodolfo
Estagiária de Direção: Juliana Thiré
Design Gráfico: Gamba Jr.
Produção Executiva: Bruno Jahu
Assessoria de Imprensa: Bernadete Duarte
Direção de Produção: Daniel Dias da Silva
Realização: Territórios Produções Artísticas e Lunática Companhia de Teatro
SERVIÇO
“O Cego e o Louco”
Datas: 12 de agosto a 24 de setembro
Horário: Sextas-feiras , às 19h
Ingressos: R$ 25,00 (meia) / R$ 50,00 (inteira)
Local: Teatro Petragold
Endereço: Rua Conde de Bernadotte, 26 – Leblon – Rio de Janeiro (RJ)
Informações: (21) 2529-7700
Venda de ingressos: www.teatropetragold.com.br
Plataforma: Sympla/Zoom