Patricia Finotti

Alex Flemming, 2021, sem título , Série Biblioteca – Homem. (crédito: Karina Bacci)

a4&holofote / Ana Carolina Lima 

Edição apresenta aspectos inovadores, como unificação das linguagens de fotografia e gravura e obras inéditas dos artistas Alex Flemming, Gabriela Albergaria e Xadalu Tupã Jekupé
A discussão contemporânea cada vez mais ampla acerca da interdisciplinaridade nas artes e das fronteiras entre diferentes linguagens artísticas foi circunstancial para o Museu de Arte Moderna de São Paulo repensar a estrutura do Clube de Colecionadores. Historicamente dividido entre Clube de Gravura e Clube de Fotografia, agora o Clube segue unificado. A instituição anuncia uma nova fase do programa, criado há mais de 35 anos, que tem como objetivo incentivar o colecionismo, torná-lo mais acessível e fomentar a produção artística nacional. O lançamento está agendado para o dia 22 de novembro.

No dia 27 de novembro, sábado, 14h, o curador do MAM São Paulo, Cauê Alves, e os três artistas que compõem essa edição, Alex Flemming, Gabriela Albergaria e Xadalu Tupã Jekupé, participam de uma live de abertura. O bate-papo será transmitido no canal do YouTube do MAM e terá intérprete de Libras.

Dessa vez, o MAM São Paulo propõe a unificação de gravuras e fotografias sob uma única perspectiva. A iniciativa se concretiza sob a ótica de que, atualmente, há artistas que realizam trabalhos em gravuras, mas baseados em fotografias, e que o avanço da fotografia digital pode também interferir nos processos criativos de gravuras. Essa nova orientação representa a consolidação dos questionamentos propostos pelas duas linguagens e estimula o desenvolvimento de obras que superam esses limites.

“O Clube de Colecionadores do MAM está entre os mais importantes do país e mais antigos em atividade até hoje. Há 35 anos, além de incentivar a produção artística, o Clube do MAM fomenta a formação de coleções de arte contemporânea e contribui para a realização da missão do museu”, comenta Elizabeth Machado, presidente do MAM.

“A partir da serigrafia e das técnicas offset, uma série de trabalhos foi editada pelo MAM, indicando um alargamento da definição de gravura e um diálogo mais intenso dela com a fotografia. Imagens fotográficas, fundidas ou não com técnicas tradicionais, abriram caminho para uma noção híbrida de gravura e de fotografia que tende no limite para o múltiplo”, explica Cauê Alves, curador da instituição.

A tiragem da nova edição é de 70 trabalhos numerados, que acompanham um certificado assinado pelo artista. Ao participar do Clube de Colecionadores, o associado não somente leva uma seleção especial de obras para casa, mas passa a ter acesso a experiências de pertencimento ao mundo da arte.

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