De um lado, obras dos artistas Pedro Dias e Bulacha que remetem a referências e memórias da infância. Do outro, trabalhos de Mucio Nunes e Fliperama que fazem uma analogia dessa memória sensitiva a equipamentos antigos e trazem uma crítica às influências tecnológicas em nosso cotidiano. É o que promete a mostra coletiva “Sensitiva”, que estreia nesta quinta-feira (17), na galeria de arte do Lowbrow Lab Arte & Boteco.
Ao todo, mais de 15 obras serão expostas, entre telas, colagens, instalações com sucatas e brinquedos artísticos artesanais. “São quatro artistas incríveis, possuidores de linguagens artísticas riquíssimas e com particularidades, tanto artísticas quanto de vivências. Haverá memórias sensitivas de cada um deles e referências da infância e de momentos que os marcaram, como festas religiosas, brinquedos de madeira, celulares, computadores e games antigos, ligadas a uma crítica aos tempos tecnológicos”, conta Roan, curador da mostra.
A visitação é gratuita e pode ser realizada entre quinta-feira e sábado, das 19 horas à meia-noite. A nova exposição integra projeto contemplado pelo Edital de Artes Visuais – Lei Aldir Blanc – Concurso nº03/2021 -SECULT-GOIÁS – Secretaria de Cultura – Governo Federal.
Programação musical
Já no boteco de quintal do Lowbrow, o público poderá conferir mais uma edição do Fuá Encontro de Sambistas. Desta vez, o som será comandado pelos músicos Fernando Boi, Mara Cristina e Diego Mendes, que se apresentarão acompanhados por Pedro Jordão (violão sete cordas), Leonardo Ribeiro (cavaquinho), Cleiton Ananias (tam tam e surdo), Rafael Marquês (pandeiro) e Cauã Casonato (repinique, cuíca e caixa). O show começa às 21 horas.
Lembrando que a casa cumpre todas as regras impostas pelo último decreto municipal para o enfrentamento da Covid-19 e reforça a todos sobre a obrigatoriedade de usar máscara, manter o distanciamento social e apresentar Cartão de Vacinação constando ao menos duas doses da vacina ou teste negativo de até 48 horas.
Sobre os artistas
Pedro Dias – artista autodidata desde 2003 e tocantinense de Miracema, relata suas experiências de infância na roça em suas obras. Pedro não sabia que era artista, até o dia em que deu suas primeiras pinceladas já na vida adulta. Ele integrava a Colônia Santa Marta, lugar em que morou por anos. Pedro era relojoeiro, quando foi diagnosticado com hanseníase. Foi aí que tudo mudou e perdeu o encanto pela vida, mas o destino prepara surpresas: depois de muito sofrer, não conseguir andar, as coisas começaram a mudar já em seus 42 anos. Graças à equipe de Psicologia e à psicóloga Margarete Cordeiro Morais – que, além de todo acompanhamento, conseguiu levá-lo ao Espaço Vivencial Casa Viva – e à enfermeira Maria do Rosário que, por conta própria conseguiu uma cirurgia, Pedro voltou a andar. Enquanto interno da casa de apoio, redescobriu o gosto em viver, em pinceladas vigorosas e cores vibrantes.
Bulacha – Jhony Robson dos Santos, artista plástico, artista circense, muralista. Sua trajetória começa na rua – em suas experiências com a arte, o grafite foi o primeiro suporte utilizado para espalhar de forma espontânea suas ideias e formas. A necessidade de destacar-se entre os outros grafiteiros fez com que Bulacha experimentasse não somente as cores, mas outros materiais que iam sendo agregados ao trabalho. Com uma produção intensa nas ruas de Goiânia nos anos 2000 até 2009, Bulacha parte para novos estudos de cores e técnicas.
Mucio Nunes – Artista plástico, muralista, professor, formado em artes visuais pela UFG, estudou no Centro Cultural Oswald de Andrade e Centro Cultural Vergueiro em SP. Possui uma linguagem própria sobre a estética ou a poética das Máquinas – suas linhas espontâneas enraízam-se em diversas superfícies ou suportes de forma sucinta, incorporando-se ao espaço ambiente e objetos. Atualmente é professor de ateliê nas modalidades de Arte Bidimensional, Pintura a Óleo, Desenho, Graffiti, Arte Urbana, Produção Criativa, Painéis, Suportes, História e Teoria da Arte.
Fliperama – Filipe Nascimento Côrte, artista plástico e muralista desde 2016 e arquiteto desde 2018, carrega desde a adolescência o gosto pelo desenho, frequentando escolas de artes e aprendendo técnicas de pintura sobre tela. Após seu ingresso no curso de arquitetura e urbanismo, amadurece e interessa-se em desenvolver uma identidade artística. A partir dessa iniciativa e influência de amigos e colegas, surge o Fliperama – em uma forma de analogia ao nome Filipe – quando o artista resolve divulgar e expor desenhos e ilustrações em mídias sociais. Nessa pequena trajetória, Filipe produz e experimenta as diversas formas de trabalho com o desenho, como ilustração à mão livre, pôsteres em formato digital e murais em diferentes escalas. Sua obra leva através de símbolos e ícones dos games, animes, música, dentre outros, uma viagem de cores vibrantes e contrastantes, que fazem um belo convite à nostalgia. Inspira-se na magia dos anos 80.
SERVIÇO
Mostra Coletiva “Sensitiva”, dos artistas Bulacha, Fliperama, Mucio Nunes e Pedro Dias
Abertura: 17 de fevereiro (quinta-feira), às 19 horas
Curadoria: Roan Andrade
Entrada para a exposição: Gratuita
Mais: Fuá Encontro de Sambistas com show de Fernando Boi, Mara Cristina e Diego Mendes
Horário do show: a partir das 21h
Entrada para o show: R$ 15
Local: Lowbrow Lab Arte & Boteco (Rua 115, quadra F43A, lote 214, nº 1684, Setor Sul)
Reservas pelo whatsapp (62) 3991-6175
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