Patricia Finotti

(crédito: Daniel Castro)

 

Racca Comunicação / Rachel Almeida

Com texto da filósofa Lucia Helena Galvão e encenação de Luiz Antônio Rocha, o monólogo com Beth Zalcman foi visto por mais de 18 mil espectadores em sessões virtuais. Conhecida por confrontar as correntes ortodoxas da ciência, da filosofia e da religião, a visionária Blavatsky influenciou inúmeros pensadores e artistas

Helena Petrovna Blavatsky foi uma das figuras mais notáveis do mundo nas últimas décadas do século 19, tornando-se imprescindível para o pensamento moderno. A vida e obra desta renomada pensadora russa inspirou o monólogo “Helena Blavatsky, a voz do silêncio”, que estreou virtualmente, em 2020, com elogios de artistas e formadores de opinião (veja depoimentos abaixo). Depois de algumas sessões pelo país, o espetáculo inicia sua primeira temporada em São Paulo, a partir de 13 de janeiro, no Teatro B32, novo complexo cultural da capital paulistana, localizado na Avenida Faria Lima. Estrelado por Beth Zalcman (@bethzalcman), sob a direção de Luiz Antonio Rocha (@luiz.antonio.rocha), a montagem mexe com os espectadores ao instigar uma profunda reflexão sobre a busca do homem pelo conhecimento filosófico, espiritual e místico. Este é o primeiro texto teatral da filósofa e poetisa Lucia Helena Galvão (@profluciahelenagalvao), cujas palestras na internet são acompanhadas por milhões de admiradores. Após cada sessão, haverá um bate-papo com a equipe de criação – na estreia, a autora estará presente.

Helena Blavatsky foi, antes de tudo, uma incansável buscadora de sabedoria antiga e atemporal, revolucionando o pensamento humano. Sua vasta obra influenciou cientistas como Einstein e Thomas Edison; escritores como James Joyce, Yeats, Fernando Pessoa, T. S. Elliot; artistas como Mondrian, Paul Klee, Gauguin; músicos como Mahler, Jean Sibelius, Alexander Criabrin; além de inúmeros pensadores, como Christmas Humphreys, C. W. Leadbeater, Annie Besant, Alice Bailey, Rudolf Steiner e Gandhi.

“Considerando que vivemos num período de caos mundial, no qual o fundamentalismo, as tecnologias e as crises políticas e climáticas do planeta invadem nossa dignidade com tanta violência, resgatar os pensamentos de Blavatsky é de extrema importância”, afirma Luiz Antônio Rocha. “Segundo Blavatsky, o universo é dirigido de dentro para fora, pois nenhum movimento ou mudança exterior do homem pode ter lugar no corpo externo se não for provocado por um impulso interno”, completa o diretor.

“Interpretar Helena Petrovna Blavatsky é mergulhar no improvável, no intangível. Nada mais desafiador para uma atriz realizar um texto que demanda extrema sensibilidade, concentração e imaginação, e transporta a plateia para um universo de possibilidades”, define a atriz Beth Zalcman. “Desde o início da minha busca pelo conhecimento através da filosofia, me deparei com pensadores que dedicaram suas vidas a buscar, compilar e transmitir ideias que entrelaçam nossas vidas e compõe parte do que somos. Esta peça é uma forma comovida e contundente para homenagear esta mulher tão especial”, conclui a autora Lucia Helena Galvão, professora voluntária de filosofia na organização Nova Acrópole do Brasil há mais de 30 anos.

O monólogo retoma a parceria entre a atriz Beth Zalcman e o encenador Luiz Antônio Rocha, depois do sucesso da peça “Brimas”, pelo qual a atriz foi indicada ao prêmio Shell de melhor texto. A encenação propõe uma dramaturgia inspirada no conceito desenvolvido pelo artista Leonardo Da Vinci em suas obras, conhecido como “sfumato”. Da Vinci descreveu a técnica como: “sem linhas ou fronteiras, na forma de fumaça ou para além do plano de foco”.  A montagem procura nos levar do irreal ao real, das ilusões à verdade espiritual, da ignorância à sabedoria que ilumina o propósito da existência. O ponto de partida para a direção de arte, cenário e figurinos foram baseados em algumas pinturas do artista impressionista Édouard Manet que traduz com beleza a solidão deste último instante de vida de Helena.

Sinopse – “Helena Blavatsky, a voz do silêncio”

A luz da vela ilumina o cenário e revela um lugar simples no frio de Londres no final do séc. 19. É um recorte do quarto de Helena Blavatsky, que se encontra sozinha, no seu último dia de vida. Ela revisita suas memórias, seu vasto conhecimento adquirido pelos quatro cantos do mundo, se depara com a força do comprometimento com sua missão de vida e as consequências de suas escolhas. Relembra sua forte ligação com a Índia e seu encontro, em Londres, com Gandhi. “Helena Blavatsky, a voz do silêncio”, é um mergulho no universo que existe dentro de nós.

 

Serviço:

Helena Blavatsky, a voz do silêncio

Monólogo teatral inspirado na trajetória e na obra da escritora russa Helena Blavatsky

Temporada: De 13 de janeiro a 5 de fevereiro de 2023

Teatro B32: Av. Brigadeiro Faria Lima, 3.732 – Itaim Bibi, São Paulo – SP

Telefone: (11) 3058-9100

Dias e horários: sextas e sábados, às 21h, e domingos, às 19h. Não haverá sessão nos dias 20 de janeiro e 3 de fevereiro. Após cada sessão, haverá um bate-papo com a equipe de criação – na estreia, a autora Lucia Helena Galvão estará presente.

Ingressos: Plateia: R$ 120 (inteira) e 60 (meia-entrada); e Balcão: 80 (inteira) e R$ 40 (meia-entrada).

Duração: 1h.

Horário de funcionamento da bilheteria: De terça a sexta, das 13h às 20h.

Vendas online: https://teatrob32.byinti.com/#/event/helena-blavatsky-a-voz-do-silencio

Classificação etária: 14 anos

Instagram: @helenablavatskyavozdosilencio

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