Karina Klinger
Pneumologistas renomados se reúnem de hoje, 22, a 24 de junho, em Goiânia, no Congresso Centro-Oeste de Pneumologia de 2023 (CCOP), para abordar as doenças respiratórias, suas consequências para a saúde do paciente e novas formas de tratamento. Uma dessas enfermidades é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Incidente em pessoas acima dos 50 anos, a doença acomete 6 milhões de brasileiros e está associada, principalmente, à exposição ao tabagismo, além do contato com a poluição e gases tóxicos. Para ter uma ideia, a cada 15 minutos, há uma morte por conta da DPOC no país.
Apesar da alta prevalência dessa enfermidade, o diagnóstico da DPOC ainda ocorre tardiamente no país por uma série de motivos. Muitos pacientes acreditam que os sintomas da doença, como a falta de ar, o pigarro e a tosse crônica são consequências do tabagismo e deixam de procurar ajuda médica, relacionando essas manifestações ao cigarro ou ao próprio envelhecimento. Outra questão é que em sua fase inicial a doença pode ser assintomática ou nem sempre identificada, o que também dificulta o diagnóstico da DPOC.
Embora não exista cura para essa doença, a medicina progrediu nos últimos anos. Um avanço importante no Brasil foi a incorporação do novo Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) que incluiu os broncodilatadores de classes diferentes, com administração em um único dispositivo, ampliando as opções terapêuticas e conforto para os pacientes. Hoje os tratamentos disponíveis no SUS atuam retardando a progressão da doença, controlando os sintomas e reduzindo as complicações.
A responsável pela organização do congresso é a Dra. Fernanda Miranda, presidente da Sociedade de Pneumologia e Tisiologia da regional Goiânia. O evento é fechado para médicos.