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Para enfrentar onda de calor que assola Goiás, empresa responsável pelo esgotamento sanitário de quatro municípios altera rotina em suas unidades
Com o objetivo de auxiliar os colaboradores a lidarem com os efeitos do estresse térmico, caracterizado pelo conjunto de sintomas que afeta quem se expõe por um longo período a altas temperaturas, a BRK, empresa subdelegada pela Saneago para a operação do esgotamento sanitário em Aparecida de Goiânia, Trindade, Jataí e Rio Verde, adotou uma série de medidas em suas unidades, durante a onda de calor que assola o Estado. Dentre elas, estão a instalação de um freezer com picolés, onde os funcionários podem se servir à vontade; a disponibilização de um centro de convivência climatizado com ar-condicionado para refeições e até mesmo a alteração do horário de trabalho para aqueles que atuam em campo, fora dos escritórios.
Agora, os funcionários que chegam às unidades da BRK podem se deliciar com picolés de diversos sabores, dispostos em um freezer no centro de convivência climatizado, como forma de enfrentar as temperaturas de mais de 40º registradas nos últimos dias. O centro de convivência é equipado com aparelhos de ar-condicionado, mesas, cadeiras, micro-ondas e bebedouros com água gelada. Neste local, as equipes podem fazer suas refeições, pausas para o lanche ou para a melhoria da sensação térmica, ao chegarem do trabalho nas ruas, como é o caso dos leituristas. Estes profissionais são os responsáveis por medir o consumo de água e esgoto nos imóveis e orientar e tirar dúvidas dos clientes.
Para reduzir os efeitos do estresse térmico, a BRK também alterou o horário de trabalho dos leituristas – em vez de atuarem das 7 às 17 horas, eles agora entram às 6 horas, quando a temperatura está mais amena, e saem às 16 horas. Em Aparecida de Goiânia, são 22 profissionais desta área. “Sabemos que a onda de calor afeta de forma intensa as equipes, sobretudo aquelas que atuam em campo. Por isso, para garantir condições de trabalho dignas e saudáveis aos nossos colaboradores, pensamos em uma série de estratégias para ajudá-los a minimizar o desconforto climático”, explica a gerente de Comunicação, Financiamento e Responsabilidade Social da BRK em Goiás, Renata Danzi.
Estresse térmico
O estresse térmico ocorre quando o corpo é exposto a temperaturas extremas, baixas ou altas, mas principalmente calor intenso, e não consegue se resfriar adequadamente e se manter nos 36,5°C – ideal para o nosso organismo. É diferente de insolação e golpe de calor, causados pela exposição ao sol e, no caso do segundo, também por esforço físico excessivo num ambiente quente.
Um índice chamado bioclimático que analisa não apenas a temperatura, mas o conforto fisiológico do corpo humano diante de algumas condições específicas como o calor, umidade do ar, vento e índice de radiação, é utilizado para avaliar o estresse térmico. Ele se manifesta por meio de sintomas como dor de cabeça, mal-estar, perda de apetite, transpiração excessiva, sede intensa, aumento da frequência respiratória ou cardíaca, pressão baixa, cãibras e até alteração de humor e perda de rendimento.
Um estudo do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa/UFRJ) concluiu que o número de brasileiros expostos ao estresse térmico passa dos 38 milhões. O fenômeno pode causar problemas de saúde que podem ser graves para quem já possui condições médicas pré-existentes. Conforme relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a região das Américas registrou o aumento mais rápido na proporção de lesões ocupacionais relacionadas com o calor desde 2000, com um aumento de 33,3%. As Américas também apresentam uma proporção significativa de lesões ocupacionais devido ao calor excessivo, com 6,7%.