Unidade de saúde visa destacar a conscientização e a doação de medula óssea que podem transformar vidas
No mês dedicado à campanha Fevereiro Laranja, uma iniciativa fundamental para conscientizar a população sobre a leucemia e a importância da doação de medula óssea, o Hospital Santa Helena chama a atenção para a enfermidade. A doença é o 10º tipo de tumor mais frequente na população brasileira e, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), estima-se que, entre 2023 e 2025, sejam diagnosticados 11.540 novos casos de leucemia no Brasil. Em 2020, o país registrou 6.738 óbitos causados pela enfermidade, o equivalente a 3,18 óbitos por 100 mil habitantes.
A leucemia é um tipo de câncer que afeta os tecidos formadores de sangue do corpo, incluindo a medula óssea e o sistema linfático. A doença tem origem na produção descontrolada de leucócitos (glóbulos brancos), que são células de defesa do organismo. Com isso, a medula óssea passa a produzir células defeituosas que substituem as saudáveis, comprometendo o funcionamento do sistema imunológico.
Tipos de Leucemia e sintomas
A leucemia pode se manifestar de diferentes formas, sendo classificada de acordo com a velocidade de progressão e o tipo de célula afetada. Também existem algumas subdivisões, mas, segundo a hematologista do HSH, Carolina Pedrosa, os principais tipos da leucemia são: Leucemia Linfóide Aguda (LLA) – acomete principalmente crianças e adolescentes. É caracterizada pela produção anormal de linfócitos (um tipo de glóbulo branco); Leucemia Linfóide Crônica (LLC) – geralmente afeta adultos e progride lentamente; Leucemia Mileoide Aguda (LMA) – mais comum em adultos e Leucemia Mileoide Crônica (LMC) – ela acontece quando ocorre uma alteração do cromossomo na medula óssea. Muitas pessoas podem não apresentar sintomas nos estágios iniciais.
Os sintomas da leucemia variam conforme o tipo e o estágio da doença. “As leucemias crônicas, na maioria das vezes, são diagnosticadas por hemograma alterado e sem sintomas. Já a leucemia aguda podem apresentar sintomas inespecíficos como febre, fraqueza, perda de peso, perda de apetite, sangramento, anemia, infecções entre outros”, pontua a médica.
A hematologista esclarece que o tratamento da leucemia depende do tipo específico e do estágio em que a doença é diagnosticada. “O tratamento das leucemias agudas é quimioterapia. Já a Leucemia mieloide crônica usa medicamentos alvos , em comprimidos, que focam em proteínas específicas para combater as células doentes. O paciente também pode contar com a imunoterapia que fortalece o sistema imunológico para combater o câncer, além do transplante de medula óssea, substituindo a medula óssea doente por células-tronco saudáveis, podendo ser autólogo (do próprio paciente) ou alogênico (de um doador compatível)”, destaca Carolina.
A Importância da doação de medula óssea
O Hospital Santa Helena chama a atenção da população para a doação de medula óssea, essencial para o tratamento de muitos pacientes com leucemia. Para se tornar um doador, é necessário ter entre 18 e 35 anos, estar em boas condições de saúde e se cadastrar em um hemocentro. A doação é feita de forma segura e não prejudica a saúde do doador, podendo salvar vidas.
Durante o mês de fevereiro, o Hospital promove campanhas educativas, em suas redes sociais, para sensibilizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce e do cadastramento como doador de medula óssea. A iniciativa visa aumentar as chances de cura para os pacientes que aguardam um transplante compatível. A conscientização e o gesto de solidariedade podem transformar vidas.