Patricia Finotti

Bela
(crédito: Cristiano Borges)

“Bela Dias é uma menina que gostava de inventar histórias enquanto brincava no quintal de sua casa, e também tinha um diário em que escrevia sua rotina. Mas escrever só virou paixão quando ela sentiu necessidade de botar no papel suas histórias.” É assim, que esta jovem escritora, de apenas 19 anos, se descreve.

E essas histórias, as ouvidas e as imaginadas estão tomando forma. No início de fevereiro, Bela Dias lançou sua primeira obra, o romance infanto-juvenil, que também tem encantado adultos, com uma narrativa leve, porém madura, sobre a amizade de uma adolescente e um menino de seis anos.

Os Últimos Dias evidencia uma importante reflexão, a necessidade de vivenciar intensamente os bons momentos que a verdadeira amizade propicia. Raquel e Gabriel, os personagens principais, transformam suas vidas e as dos que estão ao seu redor.

Para conhecer mais sobre Bela Dias e seu primeiro lançamento, conversamos com ela, neste 2 Dedos de Prosa. Confira!

2 Dedos de Prosa  – Como nasceu a escritora?

Bela Dias – Ela nasceu no meu Ensino Médio, em uma aula de redação. O professor Juliano explicava o que era um Haicai (um poema de origem japonesa) e eu decidi escrever um na hora mesmo. Acabei mostrando a ele e só recebi elogios. Foi naquele momento que senti que poderia ser boa nisso e a minha vontade de escrever só cresceu.

2 D P   O que e quem inspiram você?

BD – Histórias no geral me inspiram. Gosto de observar estranhos na rua e ficar imaginando como seriam suas vidas, o que fazem e o que sentem. Tenho o defeito de ficar prestando atenção em suas conversas e sem me dar conta, já estou apegada a suas histórias. Mas sendo mais especifica, mulheres fortes em várias áreas me inspiram. Como Emma Watson, que além de ser atriz, é também embaixadora da ONU Mulheres. Malala Yousafzai, que defendeu a educação feminina com toda sua força e coragem. Bel Pesce, a menina do Vale que conquistou o mundo dos negócios. E Mary Shelley, que escreveu Frankenstein com apenas 19 anos. Elas fizeram e fazem diferença, apesar da pouca idade.

2 D P  –  Você se considera uma devoradora de livros. Quais são seus autores favoritos? E qual o tipo de literatura lhe agrada?

BD – Ruth Rocha marcou minha infância, John Green minha adolescência e Antoine de Saint-Exupéry minha vida. Adoro ler romances fictícios, poesias, histórias reais (sejam biografias ou não) e graphic novels (romances gráficos).

2 D P  –  Atualmente quais as obras estão em sua mesinha de cabeceira?

BD – As obras de Sophie Kinsella não saem da minha cabeceira, adoro a maneira divertida como ela narra as histórias. Quero inserir mais clássicos na minha vida, como Mrs. Dalloway, Dom Casmurro e Madame Bovary.

2 D P  –  Os Últimos Dias foi inspirado em uma história que ouviu de sua irmã. Como essa história te chamou tanta atenção?

BD – A história chamou minha atenção devido a amizade entre a professora dela e o menininho do hospital. Fiquei pensando no amor da professora pelo menino e em seu sofrimento. Queria saber mais e por isso acabei escrevendo.

2 D P  –  Recentemente, você realizou uma grande mudança. Transferiu-se do curso de Design Gráfico, aqui em Goiânia, indo cursar Cinema, em São Paulo. Conte um pouco sobre essa decisão.

BD – Cinema sempre foi minha maior paixão na vida. Mas eu acabei optando por deixar o sonho de lado e ficar no comodismo. Só que eu não consegui aguentar, não estava feliz e falei a verdade para os meus pais. É comum dizerem que não dá para viver de amor, mas é impossível viver sem ele. Então, aproveitei o período em que estava sem aulas para estudar para o vestibular da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), fiz a prova e passei. Nunca fiz uma prova tão feliz e quando recebi o resultado chorei muito, o que não aconteceu na minha primeira aprovação. Enfim, acho que agora estou no caminho certo.

2 D P  –  Existe a possibilidade de Os Últimos Dias ser transformado em roteiro?

BD – Existe. Enquanto estiver estudando, quero colocar em prática o que eu aprender e transformar meu livro em roteiro.

2 D P  –  Para breve, o seu leitor pode esperar uma nova obra?

BD – Pode sim! Estou muito animada com uma ideia recente e em breve vou colocar tudo no papel. Pretendo lançar no ano que vem, se eu finalizar até lá!

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