Patricia Finotti

(crédito: divulgação Teatro Unimed )

Fernando Sant’Ana

 

Na sexta, 22, e no sábado, 23 de setembro, às 20h, no Teatro Unimed, a banda BossaCucaNova e o músico ícone da bossa nova Roberto Menescal apresentam-se na série PDDM – Por Dentro da Música, projeto que conta com criação e direção geral de Wilson Simoninha e que tem sido uma grande oportunidade para o público ficar frente a frente com alguns artistas, em shows intimistas intermeados por revelações e curiosidades. Os ingressos já podem ser adquiridos no site www.sympla.com.br/teatrounimed ou na bilheteria do teatro.

Roberto Menescal (voz e violão) divide o palco com Marcio Menescal (baixo), Alexandre Moreira (teclado), Flavio Mendes (guitarra) e Eduardo Carvalho (percussão), tendo como convidados a cantora Cris Delanno (que tem sido a voz principal do grupo BossaCucaNova) e o cantor e violonista Will Santt, apontado como um dos mais brilhantes novos talentos da bossa nova. No repertório, pérolas de Tom Jobim (Wave e Águas de Março) e Vinícius (Garota de Ipanema, com Tom, e Tem Dó, com Baden Powell), Caymmi (Samba da Minha Terra), Chico Buarque (Essa Moça Tá Diferente), Jorge Benjor (Mas Que Nada Minha Menina), Martinho da Vila (Segure Tudo), além, claro, de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli (RioBarquinho e Você), entre outras.

Na apresentação de recente álbum do grupo, João Marcelo Bôscoli afirma: “o BossaCucaNova produziu um longa-metragem musical. (…) Suas músicas parecem combinar com muitas situações das nossas vidas cotidianas. (…) bossa nova com peso, dançante, teclados, baixos de synth, scratches, baterias eletrônicas, violões, efeitos. Uma paisagem sonora atual. João Gilberto, por exemplo, fez isso diversas vezes, reinventando clássicos ou pérolas perdidas do seu jeito, com sua personalidade. Em outra dimensão, o BossaCucaNova segue o mestre.”

Will Santt, cantor e multi-instrumentista de apenas 21 anos, surgiu nas redes sociais interpretando clássicos de João Gilberto, Tom Jobim, Caetano Veloso e Gilberto Gil, chamando a atenção por suas releituras e seu repertório autoral. Uma musicalidade cheia de referências à música popular brasileira, com um toque contemporâneo e um cantar suave. Cris Delanno, “carioca” nascida no Texas, foi descoberta aos 18 anos por Menescal. Desde então, já dividiu o palco com nomes como Carlos Lyra, Luiz Carlos Vinhas, Marcos Valle, Andy Summers (The Police), Oscar Castro Neves, Ed Motta, Simoninha, Ivan Lins, entre outros. No novo CD do grupo BossaCucaNova, faz dueto com Martinho da Vila (em Segure Tudo) e Pedro Luiz e a Parede (em Eu Tô Voltando).

No domingo, 24 de setembro, às 18h, no Teatro Unimed, os músicos Max de Castro e João Sabiá celebram Erasmo Carlos, no terceiro show da série PDDM – Por Dentro da Música, festival criado e dirigido por Wilson Simoninha, uma série de shows intimistas que permite ao público presente uma experiência única frente a frente de expressões da música brasileira.

Acompanhando Max de Castro (voz) e João Sabiá (voz, violão e guitarra), uma banda formada por Marcelo Maita (teclado), Richard Metairon (baixo e baixo acústico), Daniel de Paula (bateria) e Márcio Forte (percussão). O repertório, totalmente dedicado a Erasmo, inclui hits como É Preciso Saber ViverAlém do HorizonteMesmo Que Seja EuSentado à Beira do CaminhoAmigoEu Sou TerrívelMinha Fama de MauFesta de Arromba, entre outros.

Popsambalanço e outras levadas. Sempre há espaço para novas experimentações no caldeirão de harmonias do cantor, compositor, multi-instrumentista e produtor Max de Castro. O que ele faz? Música brasileira. Este carioca, quase paulistano, interessou-se por música ainda na infância e foi influenciado por seu pai, Wilson Simonal. Cantor, compositor e ator com 20 anos de carreira, João Sabiá nasceu e foi criado no famoso bairro de Copacabana no Rio de Janeiro. Com 4 álbuns autorais lançados no Brasil, Japão e Europa, tem o sambalanço e a bossa nova como grandes influências, com pitadas de pop, soul e jazz.

A mistura de rock e samba que Erasmo Carlos fez na década de 1970 teve influência direta em João Sabiá. Em 2019, ele interpretou o jovem Erasmo no filme Simonal, de Leonardo Domingues. Por outro lado, Wilson Simonal, pai de Max de Castro e Simoninha, já substituiu Erasmo como assistente de Carlos Imperial nos programas e nos shows do Clube do Rock, no Rio de Janeiro. O próprio Max compôs com Erasmo um de seus maiores sucessos, A História da Morena Nua Que Abalou as Estruturas do Esplendor do Carnaval, gravada por Max em 2002 e por Erasmo em 2019. Agora, no palco do Teatro Unimed, Max e João mostrarão o show que fizeram como tributo ao ídolo e amigo Erasmo Carlos, show criado para preencher as datas reservadas a Erasmo, no Blue Note São Paulo, que infelizmente faleceu antes, em novembro de 2022, aos 81 anos.

A série de shows Por Dentro da Música aproxima o grande público de talentos da música que se alternam em shows inéditos, com a proximidade e a intimidade de quem está dividindo uma mesa de bar ou o quintal de casa. “A ideia é que o público realmente se sinta próximo ao artista e que seja parte do espetáculo. É como se o artista estivesse ali na sala de casa, conversando sobre suas inspirações e tocando suas canções”, afirma Simoninha. No palco e nas redes sociais, conteúdos concebidos por Ricardo Alexandre (do podcast Discoteca Básica) e audiovisuais dirigidos por Felipe Giuntini (do documentário Chic Show e dos programas Domingão com Huck e Domingão do Faustão, da Rede Globo), ilustram e chamam atenção para artistas, seus trabalhos e algumas dessas curiosidades.

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