Patricia Finotti

Transorgãos “Gesto de Herói – o poder de doar vida” estará no Buriti Shopping para levar informações e conscientizar a população sobre a importância dos transplantes de órgãos e tecidos

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O mês de setembro é marcado pela campanha da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o Setembro Verde, que visa conscientizar sobre a doação de órgãos e tecidos.  Entre 2004 e 2014, o número de transplantes no Brasil cresceu 63%, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O país também é destaque por ter o maior sistema público responsável por esses procedimentos, pois 95% deles são feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em Goiás, as doações cresceram 28%, com 484 realizadas, porém o cenário não é totalmente satisfatório. Cerca de 2000 pessoas ainda esperam na fila.

Do dia 23 de setembro à 2 de outubro, o Buriti Shopping recebe o evento Transorgãos “Gesto de Herói – o poder de doar vida”, projeto do Ministério da Saúde. A proposta é conscientizar a população sobre a importância da doação e, assim, fazer com que o cidadão decida e informe a sua família sobre ser um doador, além de diminuir a recusa familiar após a morte do ente querido, já que a taxa de recusa deste último fator chega a 82% no estado. Além disso, o Ministério também deseja homogeinezar a distribuição dos órgãos, tecidos e recursos por todo território nacional.

Uma arena será montada, no térreo em frente à loja Renner, com quatro áreas diferentes para que o público consiga vivenciar todas as etapas do transplante. Os participantes poderão ver depoimentos de pessoas que ainda estão na fila, como é a vida daqueles que doaram ou que receberam um órgão e os relatos das famílias. Quem visitar o local também terá a possibilidade de receber informações sobre quem pode doar e esclarecer dúvidas com os especialistas que estarão de plantão no evento.

O Diretor Técnico de Saúde da Organização de Procura de Órgãos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (OPO-HCFMUSP), Edvaldo Leal de Moraes, conta que a informação é a principal ferramenta para aumentar o número de doações, “ainda existe muita resistência por parte da população frente a doação de órgãos de pessoas com diagnostico de morte encefálica. Portanto a conscientização sobre essa temática é de fundamental importância e pode influenciar positivamente na tomada de decisão sobre o destino dos órgãos e tecidos do ente querido falecido”, explica.

Quem pode doar?

Para ser um doador é preciso declarar essa vontade à família, no entanto não é necessário nenhum documento específico. Após a morte encefálica e os exames que a comprovam, um familiar deve fazer uma autorização escrita, por isso é tão importante a conscientização de toda a família. Para doar em vida, o paciente deve ter mais de 18 anos, boa condição de sáude e o órgão deve ser “duplo”, como os rins. Nestes casos, só podem receber a doação parentes até quarto grau ou cônjuges. (KASANE)

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