Elaine Cristina da Cruz
Com obras idealizadas e assinadas pelos artistas Pri Barbosa e Felipe Borges, ambos da capital paulista, e Rogério Pedro, de Campinas (SP), os três painéis de 4m X 2,2m serão fixados em uma estrutura próxima às catracas do metrô. Inspirados no mote ciência como instrumento de esperança para o futuro, as instalações expressam a relação entre ciência, diversidade de gênero e sustentabilidade, além da importância das carreiras de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (da sigla em inglês STEM).
“O que estamos vivendo nos últimos anos mostra o protagonismo e a relevância da ciência. Temos iniciativas na 3M para diminuir a lacuna de gênero, impulsionar as novas gerações para as carreiras de STEM e encorajar conversas sobre o impacto da ciência no mundo, como a pesquisa global da SOSI — Índice do Estado da Ciência. A exposição é uma forma de enaltecer o valor da ciência, manifestada pelo poder transformador da cultura”, considera Luiz Serafim, head de Marca e Comunicação da 3M do Brasil.
“Em uma época em que tantas coisas mudaram, na PPG continuamos focados em criar caminhos educacionais que se alinham com a nossa experiência de negócios. Essa exposição é parte dos nossos esforços para inspirar as futuras gerações a seguirem carreiras em STEM e, com isso, ajudarem a colorir o futuro da nossa sociedade”, diz Marcio Grossmann, diretor presidente da PPG América do Sul.
No Brasil, a iniciativa Ciência é Esperança tem a realização da Elo 3 e o apoio cultural do Metrô de São Paulo. Mais informações podem ser consultadas no hotsite da exposição: https://curiosidad.3m.com/
Artista: Pri Barbosa (@priii_barbosa)
Artista visual, muralista e ilustradora paulistana. Por meio de retratos de diferentes corpos de mulheres, Priscila propõe percepções críticas sobre padrões estéticos vigentes e investiga a iconografia da mulher revolucionária contemporânea com foco comportamental na América Latina como estratégia de enfrentamento e questionamento das relações de poder.
“As mulheres foram convencidas de que ciência não só não está ao seu alcance, como também não faz parte dos seus dias. Em todas as épocas, diversas mulheres provaram o contrário, mas seguimos lutando para apenas podermos exercer nossas funções nas áreas de interesse que quisermos, sem precisar provar mais nada. Ao inserir duas mulheres numa cena de estudo e investigação, proponho que pensemos a ciência como algo coletivo, pesquisas que se interligam de maneira interdependente. O livro na mão de uma delas apresenta Graziela Barroso, uma importante naturalista e botânica brasileira, considerada a Primeira-dama da Botânica no Brasil. Graziela, que ingressou no curso de biologia aos 47 anos e defendeu seu doutorado aos 60, é um exemplo de que antes mesmo do diploma, a ciência já fazia parte de seus dias, conciliando a vida de dona de casa e o estudo da Botânica. Ciência é lugar de todes.”
Artista: Rogério Pedro (@estudiorolu)
O casal Rogério Pedro e Luciane Moreira se conheceu no curso de Artes Plásticas da PUC e, desde então, trabalham em seu estúdio em Campinas, no interior de São Paulo, onde criam projetos multidisciplinares em telas, murais, esculturas, ilustrações, entre outras. Suas obras alcançaram notoriedade no mercado nacional e no internacional, tendo participado de importantes projetos e exposições pelo Brasil e pelo mundo.
“Sustentabilidade e diversidade andam juntas. Capacitar e conscientizar, atuando no desenvolvimento sustentável em conjunto, criando um ambiente mais próspero e minimizando os impactos sociais.”
Artista: Felipe Borges (@3visao)
Artista residente em São Paulo, começou seu trabalho com grafite em 1998. Sua arte tem forte influência das tradições africanas, das artes egípcia e etíope, e das culturas hip hop e rastafári. Desenvolve trabalhos em murais, pinturas em telas, ilustrações digitais e design gráfico.
“Na criação desse painel, busquei referências de cientistas pretos que contribuíram para o progresso de diversas áreas do conhecimento de toda humanidade. Desde os tempos ancestrais até a atualidade, esses cientistas vêm colaborando em diversas áreas da astronomia, tecnologia, matemática, física etc. Representei, por meio da temática afrofuturista, personagens cientistas para, assim, instigar o imaginário para novas realidades e a busca pelos cientistas pretos que deixaram sua marca na história. Minha arte também é uma homenagem aos cientistas que contribuem para um futuro melhor através de suas descobertas e pesquisas.”
Exposição: “Ciência é Esperança”
Data: Até 22 de agosto
Local: Estação Sé do Metrô de São Paulo
Endereço: Praça da Sé – Sé, São Paulo (SP), CEP 01310-200
Mais informação: https://curiosidad.3m.com/