Patricia Finotti

As novas gerações precisam se sentir envolvidas para se interessarem pelas atividades. Então, ao invés de trazer a proposta pronta, por que não criar com elas?

Qual é o lugar do conhecimento? Somente dentro das escolas e nas páginas dos livros? Hoje, a educação rompe barreiras e amplia o olhar para oportunidades que estão ao alcance de nossas mãos, prontas para serem exploradas com criatividade e entusiasmo.

Os especialistas defendem que o desenvolvimento pleno do cidadão passa pelo conceito de Educação Integral, que amplia espaços, tempos e conteúdos de aprendizagem. Trocando em miúdos, pense que o conhecimento pode ser acessado em muitos lugares: na escola, em casa, nas associações comunitárias, nas instituições culturais, mas também nas praças ao lado de casa, nos teatros, nos parques. Então, que tal unir-se às crianças e jovens no que elas mais gostam de fazer: explorar?

“Explorar é aprender. São muitos os espaços que mobilizam a curiosidade, o interesse e as oportunidades de adquirir novos conhecimentos. Ainda, a circulação por múltiplos espaços reforça a noção de pertencimento à cidade e leva ao relacionamento com pessoas e universos diferentes, ampliando repertórios e promovendo a diversidade.”, aponta Camila Feldberg, gestora de projetos sociais da Fundação Itaú Social.

Para inspirar as famílias a se aventurarem na exploração da cidade, a Fundação Itaú Social propõe um roteiro divertido e estimulante para as férias:

— É importante que as crianças e jovens sintam-se envolvidos. Crie uma programação junto com elas para despertar sua curiosidade e interesse.

— Providencie um mapa de sua cidade (na internet há vários, com certeza) e prepare-se para rabiscá-lo.

— Converse com as crianças sobre os locais que costumam frequentar, que seus amigos e familiares frequentam ou de que ouviram falar. Por menor que seja a cidade, ela sempre tem pontos de referência: uma igreja, uma praça, uma loja antiga, um museu, um centro cultural, centros de compras e shopping centers, o parque da cidade, entre outros.

— Nesse papo, você conseguirá perceber os locais que despertaram interesse e que as crianças gostariam de conhecer ou revisitar. Escolha alguns desses pontos, marque-os no mapa e cole imagens para deixá-lo mais incrementado.

— Combine com as crianças e adolescentes como vocês chegarão a esses locais e aproveite para conversar com eles sobre os meios de locomoção (transporte público, transporte particular, bicicleta ou até mesmo a pé). Vocês podem pesquisar e marcar no mapa os itinerários que escolherem.

— Pronto, este será seu “Mapa do Tesouro”, seu “Guia de Exploração”.

— Mas não se esqueça da “sua” lição de casa. Pesquise as principais informações sobre os pontos selecionados (quando foi fundado, para quê, o que se faz nesse local, quem trabalha lá, algum acontecimento interessante). Elas vão rechear as conversas durante sua exploração, te ajudando a manter em alta a curiosidade das crianças.

— No dia do passeio, atente para todos os detalhes. Se forem utilizar transporte público, é preciso providenciar a forma de pagamento (dinheiro, bilhete, etc). Lembre que eles precisam sempre sair com documentos. Incentive que tirem fotos, conversem com as pessoas que trabalham ou frequentam o local, preste atenção nas observações que fizerem. É estimulante quando os adultos demonstram genuíno interesse pelas atividades das crianças.

— Na volta, reserve uma carga de energia para organizar um mural de fotos, com muitas imagens coloridas e selfies da garotada. As crianças e adolescentes podem se interessar em discutir as particularidades dos locais visitados, a experiência no transporte público, a agenda cultural da cidade, etc.

Experimente! Fica ainda mais divertido se a atividade for realizada em turma. Então, convide os amigos, os familiares, os vizinhos… e desbrave as ruas. (Tamer Comunicação)

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