Patricia Finotti

MNSL Comunicação

O uso de medicamentos na gravides deve ser avaliado com cautela, considerando a segurança da mulher e do feto, uma vez que pode estar associado à ocorrência de aborto, prematuridade, morte neonatal, anormalidades fetais, entre outros

 

Em geral, medicamentos não devem ser tomados durante a gravidez, apenas se for necessário, pois muitos podem prejudicar o feto.   No entanto, mais de 50% das gestantes toma medicamentos com ou sem receita médica, usa drogas como álcool e o fumo ou entorpecentes em algum momento da gestação. Estudos demonstram que menos de 2% a 3% de todos os efeitos congênitos são causados por medicamentos que foram tomados para tratar alguma doença ou sintoma.

Para esclarecer e tirar dúvidas sobre a utilização de medicamentos, drogas e/ou entorpecentes durante o período da gestação, no sexto encontro do grupo Gestar Vidas, ocorrido na quinta-feira (10/08), o Hospital Estadual e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL)  abordou o assunto, através do setor de Farmácia. Na oportunidade, a farmacêutica Eliedna Teixeira especificou em detalhes quais substâncias são permitidas e proibidas nesse momento tão importante vivido pelas mães participantes.

A farmacêutica apresentou os efeitos dos agentes teratogênicos, que são capazes de produzir dano ao embrião ou feto durante a gravidez, levando a malformações, deficiências neurológicas e intelectuais e até perda da gestação; a listagem de medicamentos, divididos por categorias por fatores de risco para as gestantes. Além dos medicamentos, Eliedna detalhou os efeitos das drogas ilícitas, álcool, tabaco e maconha, mostrando o grau de dependência de cada uma delas e suas consequências obstétricas e fetais. 

Eliedna explicou que até os famosos chás podem ser prejudiciais na gestação. Ela orientou que todo medicamento que a gestante venha a tomar, deve ser conversado com seu médico ou profissional da saúde, além de perguntar sobre todo medicamento que lhe for receitado. “Os medicamentos devem ser usados na gravidez somente se os benefícios para a mãe forem maiores que os riscos potenciais ao feto. Fora isso, é melhor evitar, principalmente no primeiro trimestre. É importante prestar atenção também nos pontos como alimentação, rotina de exercícios e até nos produtos de beleza.”, salientou a farmacêutica.

 

Aprendizado

“Fiquei impactada com tudo que ouvi. Uma coisa que sempre fiz foi me automedicar e sempre achei que os

Chás, por serem naturais, não faziam mal. Foi um aprendizado muito bom”, avaliou Marta Oliveira, de 24 anos, que está com 23 semanas de gestação.

“A cada encontro que participo aqui na maternidade, aprendo bastante. Gostei de todas as orientações que foram passadas, é bom o alerta para termos mais cuidado com o que ingerimos”, pontuou Andressa Borges, de 18 anos, de 33 semanas de gestação, à espera de seu primeiro filho.

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