
Patricia Finotti
A advogada e escritora Maura Campos Domiciana prestigiou na última terça, 5, a Sessão Solene em Comemoração aos 55 anos da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás – AFLAG, que aconteceu na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás. Maura está concorrendo a cadeira n. 09, da entidade, e que tem como Patrona Dinorah Pacca, e como 2⁰ ocupante Ellen Carneiro Vale.
O evento ocorreu em reconhecimento a promoção da cultura, literatura e artes locais, a fim de valorizar o papel da mulher na preservação da história/artes em Goiás. Foi uma propositura do deputado Issy Quinan, que na ocasião, homenageou as acadêmicas que ainda não haviam sido condecoradas pelo Legislativo Goiano, com o Certificado do Mérito Legislativo. Durante a sessão, todos os presentes puderam prestigiar a programação cultural, que contou com sarau poético-musical com as acadêmicas da AFLAG; e exibição do trailer do filme “O tempo que nos habita”, dirigido por Simone Caetano, sobre a Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás. O documentário reflete sobre o poder transformador da arte e o legado deixado por mulheres que ousaram sonhar e criar, em meio aos desafios de sua época, um lugar de fala e sonoridade.
Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás – Aflag – Casa Rosarita Fleury
No final dos anos de 1960, as mulheres invisibilizadas, excluídas e marginalizadas, eram impedidas de ingressar na Academia Goiana de Letras – AGL, esta que foi constituída em 1939, aos moldes da Academia Brasileira de Letras, e que negava às elas o acesso ao reduto criado sob a égide machista, que era vigente em todas as esferas sociais, desde a família até ao âmbito político, e se estendendo até mesmo ao literário.
Para suprir essa falta, a escritora Rosarita Fleury idealizou a criação da AFLAG, convidando as escritoras e professoras, Nelly Alves de Almeida e Ana Braga, para oferecerem oportunidade de voz e vez para as mulheres artistas goianas. A instalação, em 9 de novembro de 1969, teve como objetivo criar um espaço de arte e cultura para que as mulheres pudessem dar visibilidade às artes por elas produzidas, contribuindo, para mudar as narrativas históricas em relação ao gênero feminino.