Patricia Finotti

Kasane

As novas mudanças do programa Minha Casa Minha Vida, que começaram a valer no último dia 07 de julho, aliadas a à manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano pelo Banco Central, devem fomentar a aquisição de imóveis em Goiás. A aposta é da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO). 

“Pela 7ª vez consecutiva, a taxa, que ainda é considerada alta, foi mantida no patamar anterior e isso sinaliza, pelo mercado, que a inflação está entrando em uma tendência de queda e de controle, cenário aliado ao aumento progressivo do PIB. Tudo isso leva a uma expectativa de redução da Selic daqui em diante”, avalia o superintendente executivo da Ademi-GO, Felipe Melazzo. 

Segundo Melazzo, o cenário é favorável ao setor e emite forte sinal positivo de incremento nas vendas de imóveis, já que o reflexo impacta em uma projeção, a médio e longo prazo, de menor taxa de juro, de até meio ponto percentual. “Para quem está comprando agora ou ensaiando em investir no nosso segmento, a valorização é certa e real. Quando o cliente receber o seu imóvel pronto, na planta, vai ter a propriedade com um valor bem maior, acima do que quando fez a compra. Aliado a isso, há ainda uma melhor condição de financiamento, com taxa de juros mais em conta”, avalia. 

O mercado imobiliário goianiense acredita que as novas regras do Minha Casa Minha Vida possam somar a este cenário positivo do segmento. “As antigas regras não eram atrativas para adesão ao programa. Poucas incorporadoras e construtoras investiam nesta modalidade para atrair estes clientes. No entanto, hoje ainda é aguardado a confirmação de qual comportamento o governo federal terá inclusive ao preço de venda. É preciso um reajuste do teto para fechar a conta. Tivemos aumento de insumos, do custo de mão de obra e, na outra ponta, uma redução da renda do consumidor”, explica o superintendente executivo da Ademi-GO. 

Felipe aponta que a aprovação na lei de Habitação de Interesse Social (HIS) pela Câmara Municipal e de Goiânia será um ponto positivo para toda a cadeia e destaca que o segmento espera ‘sensibilidade’ do poder público municipal.  

“A lei traz parâmetros urbanísticos totalmente diferentes para essa categoria de imóvel, o imóvel social, como menor exigência de vagas de estacionamento, por exemplo. Isso proporciona toda uma garantia construtiva para quem vai comprar e um impacto considerável para redução do déficit habitacional”, diz. 

Para se ter uma ideia, em 2022 o Minha Casa Minha Vida lançou apenas 1 mil moradias em Goiânia e Aparecida de Goiânia, enquanto as habitações de média e alto padrão contaram com uma quantidade aproximada de 11 mil unidades lançadas. “Essa nova lei, com certeza, oferece uma maior atratividade para que as empresas passem a fazer esse tipo de edificação em toda a cidade de Goiânia. E nosso propósito é contribuir com essa desproporção e fazer com que mais pessoas realizem o sonho da casa própria.” 

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