Como prevenir acidentes com crianças

HMI Comunicação

Pediatra alerta para acidentes que podem acontecer dentro de casa

O período de férias chegou. Dias marcados pelo sol, calor intenso e muitas horas de brincadeiras com a criançada dentro de casa. Com isso, é preciso que nesse período os cuidados com as crianças seja redobrado para que os momentos de diversão não possibilitem acidentes.

Segundo a ONG Criança Segura, os acidentes são a principal causa de morte de garotas e garotos de um a 14 anos no Brasil. Todos os anos, cerca de 3,6 mil crianças dessa faixa etária morrem e outras 111 mil são hospitalizadas devido a essas causas no país. Ainda de acordo com levantamento da ONG, os acidentes que mais causaram óbitos infantis em 2017, no que se refere ao âmbito das atividades das crianças em lazer são respectivamente, afogamento, sufocação, queimaduras e quedas.

A pediatra do Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI), Stephânia Laudares, explica que o período dos meses de férias escolares – janeiro, julho e dezembro – é quando mais acontecem acidentes domésticos, devido à exposição prolongada aos riscos.

Conforme dados de 2018 do Serviço de Arquivo Médico e Estatística (SAME) do HMI, as queixas campeãs em atendimento no pronto socorro da unidade em períodos de férias são tombos, quedas de bicicleta e ingestão de bolas de gude. Segundo Stephânia, acidentes automobilísticos com crianças fora do bebê conforto, queimadura, ingestão de substâncias abrasivas e medicamentos tóxicos também são muito comuns nesse período. “Como as crianças não estão frequentando um turno escolar, onde fazem muitas atividades e gastam energia, elas acabam ficando entediadas e vão procurar o que fazer. É nessa hora que encontram alguma situação irregular na própria casa, como móveis inadequados, produtos de limpeza ao alcance, materiais perfurantes e cortantes que não estão adequadamente guardados”, alerta a pediatra.

Cuidados – Stephânia orienta que os pais devem tomar cuidado com o ambiente em que as crianças estão. “É preciso estar atento e não deixar materiais cortantes e perfurantes ao alcance das crianças. Tomar cuidado também com tapetes, mesas e objetos de decoração que podem causar acidentes. É importante lembrar que nesse período as crianças não devem estar perto de água sem supervisão, como piscinas e baldes de limpeza cheios de água e até mesmo o banheiro pode ser causador de acidentes domésticos, portanto, é preciso atenção”, comenta.

Tecnologia – Outro ponto destacado pela pediatra que também deve ser motivo de atenção por parte dos pais ou responsáveis, é a exposição em excesso à tecnologia, assunto que tem preocupado os especialistas da área. A presença marcante desse tipo de entretenimento no mundo atual faz com que bebês e crianças usufruam cada vez mais cedo de smartphones e tablets. Mas, segundo a Academia Americana de Pediatria (APA), nesse período da vida, o cérebro está em pleno processo de desenvolvimento, o que requer outros tipos de contatos, com incentivos variados e ativos, que os eletrônicos não propiciam. Sendo assim, a academia orienta que as crianças de até 18 meses não sejam expostas à TV, ao computador, ao celular ou tablet. A recomendação dos 2 aos 5 anos de idade é de uso limitado a uma hora por dia, com a ressalva de programação de qualidade apropriada à idade, além de que as telas sejam evitadas depois das 18 horas. “O excesso de ‘tela’ pode levar ao vício, com sintomas de abstinência semelhantes ao vício químico”, afirma a pediatra.

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