A próxima quarta-feira (4) é de jazz no Lowbrow Lab Arte & Boteco. “É jazz e é divertido e dançante!”, avisa a grande atração da noite, o produtor e DJ Dudão Melo, criador, há 15 anos, do Coletivo Superjazz. Para a apresentação do Lowbrow, Dudão Melo convidou os músicos Evaldo Robson (saxofonista e flautista), Manassés Aragão (trompetista) e Sérgio Pato (percussionista). Ao lado do DJ, eles proporcionarão um show cheio de improvisações e grande dinamismo, a partir das 22 horas. Até às 20 horas, os ingressos custam R$ 5,00, passando a valer R$ 10,00 após.
Improvisações, dinamismo e ecletismo
Não só de jazz se faz o Superjazz. Soul, funk, house, afro, bass e MPB também compõem a carta sonora do coletivo, sejam em faixas autorais ou fazendo releituras de clássicos do jazz e da dance music. “Musicalmente falando, a gente passa pelo universo do jazz, que é o ponto de partida, mas vai incorporando a música brasileira, a eletrônica e a afro-americana como um todo, dentro de um conceito que vem sendo chamado de Nujazz, ou seja,o New Jazz”, explica Dudão.
No show do Lowbrow não há nada pré-estabelecido. “Eu solto os loops e os beats e os músicos vão improvisando em cima. A ideia é resgatar o conceito de jam session que existe dentro de jazz e levar esse conceito para o universo da música eletrônica e brasileira, tocada por DJs”, explica Dudão. Ele complementa: “Vou fazendo loops, que vão virando temas. Os músicos improvisam em cima disso. A gente não ensaia; criamos na hora. Essas camadas de improviso vão virando canções. É um trabalho que considero único. Não vejo outros similares acontecendo assim no Brasil”.
Há 15 anos entre o jazz, o eletrônico e a música eletrônica
O Coletivo Superjazz começou oficialmente em 2004, idealizado por Dudão Melo e colocado em prática por ele e Bruno E no Sarajevo Clube, em SP, mas sua origem remete ao selo musical SambaLoco Records, dirigido por eles no final dos anos 1990, em conjunto com a gravadora Trama. Nas gravações do selo eles começaram a produzir seus primeiros tracks e álbuns com o trombonista Bocato, que fez arranjos para faixas dos discos do DJ Patife e para os produtores Mad Zoo e XRS Land aka Xerxes de Oliveira. Ali, eles começaram suas primeiras produções misturando jazz, música eletrônica e brasileira.
Entre 2004 e 2010, o Coletivo Superjazz teve uma residência todas as sextas-feiras e sábados no Sarajevo Clube, uma casa de shows que se tornou lendária na Rua Augusta (em São Paulo), que na época ainda era dominada pelas saunas e strip clubs. “A festa Superjazz foi a primeira dedicada ao Nujazz em São Paulo e ganhou destaque por dar visibilidade a esse estilo e ao circuito musical do Baixo Augusta, além de abrir espaço para uma nova geração de músicos e Djs que viam no jazz e nos grooves afro brasileiros um ponto de partida para novas experimentações musicais”, diz Dudão.
O Superjazz tem um álbum de remixes lançado pela gravadora Trama, com remixagens de faixas de artistas como Ed Motta, Patrícia Marx, Nação Zumbi, Banda de Pífanos de Caruaru, Max de Castro e Wilson Simoninha, com participações internacionais de Xantoné Blacq e 4Hero. O Coletivo gravou um novo álbum em 2019 acompanhando o produtor e compositor Bruno E. O álbum saiu pelo selo Urubu Jazz.
O coletivo já se apresentou em vários clubes de São Paulo e de outras cidades do Brasil, além de festivais como Bourbon Street Jazz Festival, Ilha Bela Summer Stage, Skol Beats, LoFi Jazz Festival e Universo Paralello. Já fizeram shows de abertura para artistas comoLauryn Hill, Jazzanova, Medesnky, Martin&Wood, Soullive e The Bad Plus, dentre outros.
SERVIÇO
Dj Dudão Melo e Coletivo Superjazz convidam Evaldo Robson no sax, Manassés Aragão no trompete e Sérgio Pato na percussão
Data: 4/3 (quarta-feira)
Horário de abertura da casa: 19h
Local: Lowbrow Lab Arte & Boteco (Rua 115, quadra F43A, lote 214, nº 1684, Setor Sul).
Reservas e informações: (62) 3991-6175
Entrada: R$ 5 até às 20 horas. Após esse horário, passa a custar R$ 10.
