Evento na USP: como evidências científicas podem aprimorar decisões políticas?

Workshop acontecerá dias 29 e 30 de outubro com o objetivo de fortalecer a capacidade dos participantes em assessorar cientificamente os gestores públicos

Fortalecer o uso de evidências científicas nas decisões políticas que são tomadas em todas as esferas de governo. Esse é o principal objetivo do Workshop de Assessoria Científica a Governos, que acontecerá na USP, em São Paulo, nos dias 29 e 30 de outubro. Voltado para cientistas, funcionários públicos, técnicos de órgãos de fomento à pesquisa e inovação, o evento também é destinado a formuladores de políticas públicas residentes no Brasil, em países vizinhos e em países de língua portuguesa.

Durante o workshop, os participantes discutirão modelos de assessoria científica e habilidades necessárias para trabalhar na interface entre ciência e política. “A ideia do evento é propiciar formação às pessoas para que sejam capazes de estabelecer ligações bem-sucedidas entre o meio acadêmico e o meio político. É fato que, quando um gestor público tem acesso a evidências científicas, pode compreender melhor o alcance de suas decisões e avaliar mais adequadamente o impacto das políticas públicas que pretende implantar”, explica o professor André de Carvalho. Ele coordena o evento em parceria com Marcos Silveira Buckeridge, presidente da Academia de Ciências do Estado de São Paulo (ACIESP) e professor do Instituto de Biociências da USP.

“Durante o workshop, os participantes assistirão palestras, conhecerão casos de sucesso e, ainda, terão uma experiência prática, pois iremos convidá-los a se debruçarem sobre quatro problemas, a fim de que avaliem como poderiam assessorar cientificamente um gestor público em cada uma dessas situações”, completa Carvalho, que é professor e vice-diretor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos. Ele foi selecionado recentemente para uma vaga no comitê criado pela Rede Internacional para Assessoramento Científico Governamental (INGSA, na sigla em inglês) especialmente para debater os desafios de decisões governamentais baseadas em evidências e da diplomacia da ciência na América Latina e no Caribe.

Uma das atividades da INGSA é a realização de workshops de capacitação tal como o que ocorrerá na USP. Eventos similares já foram organizados em Buenos Aires (2017), Santiago (2018) e Lima (2018), mas essa é a primeira vez que a iniciativa será promovida no Brasil.

Inscrição e seleção – Para participar, os interessados devem realizar a inscrição, até 24 de setembro, via formulário eletrônico (icmc.usp.br/e/00815), além de enviar os seguintes documentos para o e-mail ingsabrasil@gmail.com: breve biografia; currículo detalhado; carta de motivação; carta de referência com apoio a sua participação no workshop; descrição das atividades atuais, dos motivos para participação no evento e relato sobre como pretende disseminar o que for aprendido no workshop.

Como as vagas são limitadas a 40 pessoas, haverá um processo seletivo entre os inscritos. Será dada prioridade para cientistas em atividade; profissionais que demonstrem a relevância da sua área de pesquisa ou experiência profissional para a formulação de políticas públicas; profissionais vinculados a instituições de ensino superior, academias de ciência, sociedades científicas, instituições de pesquisa públicas ou privadas, instituições governamentais e órgãos não governamentais.

Quem não puder participar do evento presencialmente, poderá acompanhar a transmissão ao vivo pelo site do IEA: http://www.iea.usp.br/aovivo. Organizado pela INGSA em parceria com o ICMC e com o Instituto de Estudos Avançados da USP, o workshop ocorrerá no auditório do IEA, na rua da Praça do Relógio, 109, na Cidade Universitária, em São Paulo.

O evento é patrocinado pela USP, pela UNESCO, pelo International Council for Science (ICSU) e pelo International Development Research Centre (IDRC), além de contar com o apoio da ACIESP, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão Universitária da USP. (Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC/USP )

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