Fortaleça laços familiares em tempos de distanciamento social

Amanda Costa

Confira as dicas da professora de Psicologia da UNIALFA, Edinamar Rezende, especialista em crianças e adolescentes, sobre esse período de quarentena. Façam ginástica juntos, refeições sempre à mesa, reveja fotos e vídeos antigos e use a criatividade para estreitar as relações e os laços de afetividade.

“A humanidade tem seu lugar na ordem das coisas e a infância tem o seu na ordem da vida humana: é preciso considerar o homem no homem e a criança na criança” é o que defende Rousseau. Esse distanciamento social que estamos vivendo com o intuito de combater o vírus (Covid-19) tem gerado insegurança, tensão e angústia em pais e filhos.

Já se passaram semanas e as famílias precisam viver em regime de confinamento.  Os pais cessaram as suas atividades profissionais cotidianas, muitos estão de férias coletivas ou home office e os filhos estão também em casa, devido a suspensão das aulas presenciais. Seguem em uma rotina inusitada, as vezes enfadonha em que ambos questionam “até quando!?”

De acordo com a docente da UNIALFA, Edinamar Rezende lidar com esse “novo” pode ser muito desafiador para a grande maioria. Lidar com o turbilhão de sentimentos e emoções que podem emergir, pode não ser apenas desafiador, mas também, desastroso; uma vez que requer um enorme investimento de energia, a fim de manter o equilíbrio, e buscar recursos internos que viabilizem a criatividade, no dia a dia confinado em família.

“O que fazer com o stress, que pode ser excessivo durante este momento? Podemos manter hábitos saudáveis, como a prática de exercício físico; olhar para a nossa alimentação; termos boas conversas em família, dentre outras opções”, diz Edinamar Rezende.

“Nossas crianças, repentinamente, são tolhidas de irem à escola, de brincarem com os amiguinhos, e passam à viver uma realidade, na verdade, assustadora! Esse olhar, esse cuidado, é preciso começar a partir de nós, pais e cuidadores, pois o mundo vive grandes transformações e navega em ritmo de gigabytes, numa velocidade imensa; vivemos a era da internet, em que as crianças se conectam em todo momento, tornando muitas vezes, a adequação familiar conflituosa” afirma.

A especialista explica que existem inúmeros recursos de entretenimento como: jogos de tabuleiro, programas de TV, jogos de cartas e diversões eletrônicas. Ou ainda pode-se recorrer à uma interação mais eficiente, como: pular amarelinha; jogar adedonha; passar anel; balança gangorra; batata quente; contar histórias; entre outros.

“Façam refeições à mesa, todos juntos; falem sobre emoções: raiva, tristeza, alegria, medo…; vejam fotos de família, os filhos vão amar saber sobre os pais e família; façam ginástica juntos, isso ajuda a produzir hormônios; dê a eles atividades nas demandas da casa; escutem música e dancem, ajuda a espantar o mal humor; façam um pic nic em casa mesmo; conecte-se com sua criança interior e brinque com seus filhos, sem pressa” orienta.

Após essa pandemia passar muitos aprendizados vão permanecer.  

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