Galeria de arte celebra a composição da joalheria contemporânea através de materiais orgânicos

Artistas traduzem suas perspectivas e inspirações através do design e criações exclusivos

Bracelete em cerâmica, quartzo rutilado, esmeralda, prata e aço – by Germana Arthuso (Divulgação)

Direcionado à joalheria autoral contemporânea, a New Gallery destaca a inauguração da sua primeira exposição “Em Sintonia, Arte de Vestir” que conta com demonstrações dos trabalhos de 14 artistas renomados no cenário contemporâneo, focados em esculturas onde o corpo é o suporte. Baseadas em um discurso de muita criatividade, as peças deixam prevalecer a criatividade na criação de cada peça, cabendo ao artista expressar a força do seu trabalho através do design, deixando o material em segundo plano.

A joalheria autoral contemporânea traz para si um convite para apreciar o que há de mais belo e exclusivo na criação da joalheria. Representa o encantamento, a criatividade e a desenvoltura de artistas que se permitem influenciar através de fatores externos, muitas vezes ligados ao cotidiano, à natureza e ao óbvio do ser humano. Inspirado na arte de vestir-se, as características desse tipo de arte trazem como base o uso de materiais orgânicos na construção das peças, como madeira carbonizada, pérolas, fibras, cerâmica, vidro, cordão, resina, pedras preciosas e outros materiais.

Confira abaixo as inspirações de cada artista e uma breve relação das obras de arte expostas na galeria.

Vera Havir

Vera desenvolve joias contemporâneas que questionam os conceitos e os materiais tradicionais, despertando e transmitindo sentimentos, ideias e estabelecendo uma forte relação com a natureza e com as pessoas que as observam ou as usam. Suas obras adquiriram um contexto híbrido, transitando entre a escultura, cerâmica e a joalheria contemporânea.

Paula Mourão

Suas joias exclusivas trazem a imagem de sua cidade, Rio de Janeiro, e um mix de natureza e urbano com um resultado único. Paula utiliza-se da prata, ouro, aço, pedras, tecido, esmalte, sementes, vidro e resina, a experimentação faz parte do seu dia-dia na busca da harmonia e do belo, tudo é bem-vindo em seu processo de criação.

Germana Arthuso

Realiza obras de arte e design em cerâmica e vidro, cujo intuito é encantar. Sua linha de design consiste em ecojoias, objetos utilitários e decorativos. Técnicas como raku, fusing, queimas de alta temperatura, lapidação entre outras, são aplicadas. Diversos materiais como cerâmica, vidro, resíduos sólidos urbanos e gemas naturais são utilizados em objetos feitos com carinho, pesquisa e sustentabilidade.

André Lasmar

Artista avesso à assepsia e à perfeição da joia, estas que despistam a presença do “humano” do processo de execução e anulam o encontro entre o espectador e qualquer traço de personalidade existente na obra de arte. Seus trabalhos fazem um mix de madeira carbonizada, ouro, pérolas, prata, ônix, quartzo fumê e turmalina negra.

Chrissie Barban

Fascinada pela vida e por tudo o que é vivo, investiga o mundo ao seu redor de maneira visceral. Utiliza-se do fogo para transformar o seu inconsciente e o metal para materializar joias, criando peças para adornar o corpo e celebrar a alma. Seus materiais representam sentimentos orgânicos: pulsa, respira, ri, chora e sonha. Tudo tem vida, tudo é verdadeiro.

Cristina Dias

Aborda conceitos de valor e ilusão. Imitando a textura e formatos de pedras preciosas, a artista evoca a preciosidade de algo perdido, que deixou de ser o que era, que se transformou, ou que nunca foi o que parecia ser. Utiliza a borracha de silicone para criar objetos e joias inusitados que possibilitem a reflexão sobre o que vem a ser uma joia, parâmetros de beleza, a diferença entre percepção visual e experiência táctil, assim como tudo aquilo que escolhemos colocar em nossos corpos e com os quais nos identificamos ou não.

Elan Santos

Iniciou seus trabalhos fazendo utilitários com formas orgânicas e interessou-se pela escultura, desenvolvendo trabalhos em outros materiais como pedra, sabão e madeira. Sua poética versa sobre a existência humana, transitando entre o encanto e a angústia do ser humano na correlação entre o arcaico e o contemporâneo.

Lu Barros

A artista teve início na área de projetos para vitrais artísticos, passando pelo desenvolvimento de coleções de joias para a indústria e retornando a criação em vidro. Produziu peças para decoração de cristal sopradas à boca, sempre de forma experimental, com o objetivo de levar às pessoas uma nova visão da relação entre o design e a arte. Seu trabalho marca a união da sensibilidade com o propósito, trazendo harmonia entre materiais antagônicos. Suas obras trazem a composição de principais materiais como o concreto, vidro e metal.

Ludimyla Louise

Ludimyla defende que a estrada é um local de passagens e viagens, portanto, o encontro de materiais e elementos que traduzem as formas de seus colares. Suas obras são representadas por concreto, crina de cavalo, mangueiras e cordão de borracha. A crina de cavalo traz a independência e a mobilidade do ser vivo, enquanto o concreto encarna o artifício da mão humana e as pedras de mica guardam os segredos da arte da geologia. Envolvendo o pescoço, o encontro desses elementos ocorre no limiar da escultura e do design, do concreto e do abstrato.

Miriam Pappalardo

Acredita na experimentação e no fazer artesanal como formas de construção do conhecimento. Pesquisa procedimentos e materiais, e desenvolve projetos de design com ênfase na área de moda e joalheria experimental. Seus principais trabalhos trazem colares tubulares e a construção de geometrias.

 

Patricia de Paula

A artista acredita que o corpo é a estrutura básica de onde tudo irradia, expande, confronta e limita. O corpo é todo o poder que emana, é a própria joia, e tudo existe em referência a ele. Seu foco está na amplificação energética que a sobreposição de um objeto no corpo ou em relação a ele, provoca em mim e no outro. São essas possibilidades relacionais, que sempre revelam algo da artista, chamam a atenção do seu olhar e provocam a criação de objetos que expressam essa sinergia.

Seizo Soares

A escultura em madeira é um acontecimento na vida do artista que desde 2010 cria pequenas esculturas, utilizando madeiras consideradas preciosas por sua raridade e beleza. Cada peça é criada para ser uma escultura “vestível”, ou seja, anéis, pingentes, pulseiras e broches. Também explora outros materiais como ferro, borracha e cimento.

Rosana Boniconte

Designer de Joias pelo Instituto Europeo di Design de São Paulo e também Administradora de Empresas.

Miriam Mirna Korolkovas

A artista é curadora independente, voltada para arte da joalheria. É curadora na exposição “Em Sintonia, Arte de Vestir” e responsável pela assessoria projetos artísticos.

 (Clozel Comunicação)


Serviço | New Gallery

Exposição “Em Sintonia, Arte de Vestir”

Visitação aberta ao público: 06 a 27 de abril de 2019, de terça à sexta-feira das 10h às 18h e aos sábados das 10h às 15h. Entrada franca.
Rua Padre Garcia Velho, 173, Pinheiros, São Paulo/SP
www.newgallery.com.br | contato@newgallery.com.br | +55 11 95677-7177

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