Bastidores Comunicação / Marilane Correntino
Projeto da Neonatologia da unidade do Governo visa alertar familiares e profissionais sobre os cuidados com os bebês pré-termo
O bebê prematuro, que nasce antes de completar 37 semanas, é biologicamente mais vulnerável do que os nascidos com 37 semanas ou mais de gestação. Devido a sua imaturidade orgânica, muitas vezes, necessitam de cuidados especiais. Para chamar a atenção sobre esses cuidados, o Hospital Estadual da Mulher Dr. Jurandir do Nascimento (Hemu) promoveu, de 16 a 20 de outubro, a Semana Leoa.
O projeto, organizado pelo Programa de Residência Médica em Neonatologia tem como objetivo sensibilizar pais, acompanhantes e profissionais sobre temas relacionados aos cuidados neonatais. Durante toda a semana, as residentes de Neonatologia, acompanhadas da preceptora Patrícia Figueira e da supervisora da Residência Médica em Neonatologia, Maria Bárbara Gomes, desenvolveram uma programação composta de palestras, rodas de conversas, oficinas e concurso de frases, dentro da unidade.
“Nós trabalhamos com temas relacionados à saúde do neonato, durante os meses. Nesse mês de outubro denominamos de Semana da Leoa por ser um animal protetor a seus filhotes. O Método Canguru foi o assunto escolhido por ser o padrão ouro na assistência neonatal”, afirmou a médica Maria Bárbara.
Durante a palestra realizada para familiares e colaboradores, realizada no auditório da unidade, foi abordado vários assuntos como: amamentação e sua importância; a utilização de vitaminas; os sinais de alerta para correr com o bebê para o pronto-socorro e os benefícios do Método Canguru – MC, onde o bebê tem contato pele a pele com a mãe, o que ajuda na recuperação dos bebês prematuros. Estudos já comprovaram que o método promove o crescimento e o desenvolvimento motor e cognitivo de crianças prematuras.
Abordagem na UCIN e nas UTINs
Na programação, as equipes das duas Unidade de Terapia Intensiva Neonatal – UTIN e da Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal – UCIN participaram de rodas de conversas e oficina com os profissionais da neonatologia, que buscaram sensibilizar além dos pais, toda a equipe multiprofissional sobre o Método Canguru
As residentes elaboraram um e-book com orientações de cuidado domiciliares para os familiares de bebês internados na Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal – UCIN (convencional e Canguru), além de folders com orientações sobre as boas práticas do MC, bem como o acolhimento aos familiares e explicações sobre os equipamentos da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), permanência dos pais na UTIN e a participação deles nos cuidados com o bebê.
“Foi muito bom participar das palestras, bem esclarecedoras”, disse Amanda Lopes, mãe do Antony, que nasceu com 32 semanas.
O concurso de frases a respeito do Método Canguru ainda está em aberto para pais e colaboradores. A melhor frase ganhará um prêmio. “É importante que todos participem para que a gente realmente reforce o quanto é importante esse cuidado com os prematuros”, destaca Maria Bárbara.
