Jornalista goiano Francisco Costa trabalha em sua terceira HQ

Quadrinista busca apoio no Catarse para lançar história em quadrinhos ambientada na Guerra dos Cem Anos
Francisco Exibe suas duas primeiras HQs, Louis de Dampierre e A Última Fábula
 
O jornalista e quadrinista Francisco Costa iniciou uma campanha no site de financiamento coletivo Catarse para lançar a sua terceira história em quadrinhos,Insurreição. A obra, que tem roteiro e arte de Francisco, além de cores de seu irmão Dirceu Sousa, acompanha Lara, uma camponesa queimada viva com a família durante a Revolta dos Jacques, na França, durante a Guerra dos Cem Anos. Porém, seu ódio arde mais que a própria morte e ela não é capaz de se manter no “descanso eterno.” De volta ao mundo dos vivos (quantas vezes precisar), ela parte em busca de vingança contra o nobre que ordenou a execução de toda a sua vila.
Produzido a mão (e colorida digitalmente) a HQ, se financiada, será lançada em formato A5 totalmente em cores, com 36 páginas (31 de quadrinhos e 5 de extras). A previsão de entrega para os apoiadores é dezembro, época em que deve acontecer, também, um lançamento exclusivo na loja especializada em quadrinhos parceira, Comic Strip (Av.T-4, Quadra 142 Lote 2/3, Setor Bueno, Goiânia).
 
Catarse
Para quem não é familiarizado, Catarse é um site de financiamento coletivo ou crowdfunding. Trata-se de um sistema, no qual uma pessoa apoia um projeto financeiramente e pode (ou não) ter uma recompensa por isso.
Na prática, o financiamento coletivo funciona como uma espécie de pré-venda. No caso dos quadrinhos, os brasileiros, em sua maioria, encontram uma forma de viabilizar projetos independentes, sem depender de editoras – mas algumas editoras também costumam utilizar a plataforma.
O projeto da HQ Insurreição, por exemplo, premia os apoiadores (a depender do valor contribuído) com PDF do título, versão impressa, print e até outras histórias em quadrinhos do autor. O valor pedido para que a obra se torne realidade é de R$ 4 mil (destes, 13% vão para o Catarse), número baixo se comparado a outros do segmento.
 
Mais HQs
Como dito, esta é a terceira obra do jornalista Francisco Costa. Anteriormente ele lançou as HQs A Última Fábula (2016) e Louis de Dampierre (2016). A primeira pela Lei Goyazes 2015 e a segunda de forma independente. Tanto essas, quantoInsurreição se passam no mesmo mundo – que seria o nosso, mas de fantasia medieval, no qual a magia está em declínio.
Sinopse A Última Fábula: A magia do mundo está acabando e os seres fantásticos não se conformam. O Rei dos Cavalos quer saber a verdade; dois ratinhos lutam para impedir o fim do mundo; uma montanha viva sabe que deve esperar; uma fada se prepara para última batalha; um feiticeiro está pronto para deixar a Terra. Mas no fim, a mudança é algo inevitável… O título, que possui seis mini histórias (cinco de quatro páginas e uma de duas), tem o roteiro do jornalista Francisco Costa e um artista para cada conto. São eles: Eduardo Araújo, Zoreia Diniz (Dirceu Sousa coloriu a parte dele), Gerson Moryiaso, Glauber Lopes, Elson Souto e Diana “Crow Kid” Doria. A capa ficou por conta do talentoso Zakuro Aoyama.
Sinopse Louis de Dampierre: Com roteiro de Francisco e Glauber Lopes e arte, também, de Glauber, o título acompanha o jovem Louis, filho de uma druida e um senhor feudal francês, que vai morar com pai e assume a função de cavaleiro em plena a Guerra dos Cem anos. Porém, antes de partir para a batalha ele precisa lidar com sua madrasta que o odeia e seu invejoso irmão mais novo. Além disso, o garoto encontra dificuldades em conciliar sua natureza pacífica, herdada da mãe, com as obrigações militares para com seu pai. Vale destacar que a obra foi indicada ao Troféu HQMIX 2017 na categoria Novo Talento – Desenhista.
 
Entenda o período
A HQ Insurreição é ambientada no mesmo universo das histórias A Última Fábula eLouis de Dampierre e, como elas, no período da Guerra dos Cem Anos (batalha entre Inglaterra e França que durou de 1337 a 1453). Apesar disso, esta obra pode ser lida de forma independente.
Diferente de Louis, o foco aqui não é no embate entre os dois países, mas a Jacquerie, ou Revolta dos Jacques (em seus reflexos, na verdade). Esta ocorreu no norte da França, entre 28 de maio e 9 de julho de 1358, iniciada por camponeses contra a classe dominante, ressentidos com a situação do país, que passara recentemente pela Peste Negra (e teve parte de sua população dizimada) e vivia o fantasma da guerra.
O principal líder do movimento foi Guillaume Cale, da Picardia. Ele organizou as pessoas de forma hierárquica, mas em 9 de junho, na batalha de Meux, milhares de camponeses morreram ao tentar tomar o castelo local e o comandante propôs a retirada rumo a Paris. Ele não foi obedecido, o que fez com que organizasse três batalhões para resistir ao exército de Carlos II de Navarra.
Impressionado, o rei não atacou a linha de defesa. O monarca, inclusive, deu sinal de que iria iniciar as conversações, convidando Cale para negociar. Carlos II deu sua palavra de cavaleiro e Guillaume aceitou. Porém, a honra cabia apenas a nobreza e Cale era camponês. Ele foi aprisionado e, posteriormente, teve seu exército desfeito e massacrado. Coroado com uma coroa de ferro em brasa, foi decapitado. (JC Comunicação)

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