Mentoria e constelação familiar auxiliam relacionamentos conjugais

Carolina Pessoni

Muitas pessoas buscam incansavelmente sua alma gêmea, o amor verdadeiro, mas não conseguem encontrar ou se sentir completas. Outras vezes, a frustração toma conta do relacionamento que começou como um conto de fadas e acabou se transformando num filme de terror. O mais comum nessas situações é culpar o outro pelos problemas vividos a dois. Mas seria esta a solução?

O constelador e mentor de relacionamentos Orlando Costa mostra que não. “Cada membro do casal deve olhar para si, buscar o autoconhecimento para identificar suas falhas e suas virtudes. Colocar a culpa no outro é sempre a estratégia mais fácil e simples, porque não nos coloca em conflito com nós mesmos, mas é preciso mudar o jeito de se ver, se sentir e de se relacionar para que mudanças importantes sejam feitas, de fato”, explica.

De acordo com Orlando Costa, dependência emocional, frieza, raiva e medo são comportamentos comuns observados nos relacionamentos amorosos e que, em grande parte das vezes, estão ligados a problemas individuais mais profundos que refletem na vida do casal. “São sentimentos, muitas vezes, infantis e tóxicos. Quando ainda não há um relacionamento, há uma obsessão por ter um. Ou seja, a própria companhia não é o suficiente. O resultado costuma ser relacionar-se com o primeiro que aparece apenas por medo ou insatisfação permanente em estar só.”

Nesse sentido, a terapia de Constelação, conhecida como Constelação Familiar, pode ser uma importante aliada para um novo olhar sobre o relacionamento. Esta é uma terapia dos estados profundos de consciência, que trabalha com nosso inconsciente profundo, de forma pessoal e coletiva, porém, sempre sob a ótica de nossas relações familiares, para compreender como elas nos moldam, conforme explica Orlando. “Ao nos colocar em contato com questões do inconsciente profundo, as constelações podem identificar pontos problemáticos que um processo psicodinâmico tradicional demandaria mais tempo para acessar. Por isso é possível obter respostas mais rápidas, que podem ser resolvidas com mais facilidade, ou levadas a outras terapias que complementem a resolução dessas questões”, ressalta.

Orlando explica que, ao nos envolvermos com o outro, “ganhamos” junto um enorme sistema ao qual aquela pessoa pertence e todos os emaranhamentos resultantes disso. Se cada um do casal for constelado, podem ir para a relação mais leves, com menos projeções, carências e fantasias infantis. “Além de cada um tratar-se diante de seu sistema familiar, deve olhar o sistema do parceiro com, no mínimo, empatia. Muitas relações entram em crise pela não aceitação do sistema do outro”, esclarece.

Desta forma, a constelação pode melhorar a convivência em casal. De acordo com Orlando, essa terapia normalmente é procurada quando uma parte do casal já passou pela técnica ou já leu sobre o assunto e sugere que o parceiro faça constelação por perceber que o outro tem problemas de relacionamento graves com os pais, por exemplo, e acredita que isso influencia no relacionamento atual. “Geralmente, no meu caso, as esposas/namoradas encaminham mais os parceiros do que o contrário. Elas querem permanecer no relacionamento, mas precisam que esses homens melhorem alguns pontos e acreditam que a constelação pode ajudar. Se esses homens vêm dispostos e querendo realmente mudar tais questões, costumamos alcançar bons resultados”, diz.

Sobre Orlando Costa

Formado em Comunicação Social, Coaching e Programação Neurolinguística, Orlando Costa atua com mentoria de relacionamentos e constelação familiar. Sua missão é ajudar homens na construção (ou resgate) de sua autoestima, autoconfiança, equilíbrio emocional, expansão da consciência e comportamento assertivo. É autor dos ebooks “5 meditações diárias para o macho moderno” e “Antes de Mim”, que podem ser adquiridos na plataforma Hotmart. É também dono do Instagram @orlando.gcosta, em que posta textos e reflexões sobre os relacionamentos modernos.

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