Ser ou parecer? Eis a questão!

Bruno da Costa - Acadêmico de Publicidade e Propaganda da Faculdade Araguaia
Bruno da Costa – Acadêmico de Publicidade e Propaganda da Faculdade Araguaia

Divã, octógono, palco, diário, banheiro público, vitrine, imposto de renda… ou apenas, Redes sociais.

O antropocentrismo se metamorfoseou. A priori chamado de Orkut, hoje ele atende por Facebook, Instagram, Twitter, Tinder… e outros que emanarão a posteriori. Promissor, contabiliza bilhões de pessoas que se transmutaram a USUÁRIOS. Ganhou roupagem disfarçada de modernidade, mobilidade, conexão imediatista, diversos filtros de edição para narcisistas, liberdade de expressão e de expressões.

Ansioso e sedento por informações. Suas informações, suas formações, seu trabalho, seu ciclo social, seu relacionamento. Vale ressaltar que na mais famosa das redes não importa o quão brincalhão você seja, o seu relacionamento sempre será sério. Até então nada que assuste, as lacunas preenchidas para criar sua conta, se assemelham a abertura de uma conta na “vida real”, tipo uma conta corrente em qualquer banco.
Corrente, esse é o ponto. Ao leitor que interpreta as “time lines” da vida, o termo corrente é usual. Equiparando-se a agua corrente, sempre seguindo o mesmo fluxo de mais do mesmo disseminado, ou melhor compartilhado. É fácil de entender a metáfora, para ilustrar novamente o mesmo exemplo com outro extremo, se caso o seu conteúdo conflitar com a corrente, e você optar pela contra mão, encontrará dificuldades no percurso, até que se canse de caminhar e escorra.
Os mais extremistas classificariam a assiduidade do USUÁRIO como amarras, um universo paralelo ou cela virtual. E enquanto é julgado, o USUÁRIO permanece lá, cabisbaixo de semblante apático, inerte. O oposto de seus polegares, que parecem ter vida própria, se movendo a uma velocidade comparada as pernas de Usain Bolt durante o ápice de uma corrida.
O USUÁRIO tem pressa, e a dimensão do mundo virtual entre os dedos, não é autossuficiente para se alimentar sozinha, ainda. Então corra, peça comida japonesa, fotografe o prato, alimente a rede, e volte a comer biscoitos.
“Viajar, ah como eu amo viajar!” Será? Qual a graça de ir a torre Eiffel sem se autopromover como “cult europeu”? Talvez a felicidade frente as câmeras, seja fruto de um infográfico exposto nas paredes de comércios e afins que diz: “Sorria, você está sendo filmado.” O que hoje seria facilmente transcrito como “Sorrir? Só se estiverem filmando.”
E a corrida não acabou, seu portal de tele transporte para o “pocket world” está se fechando, a energia está acabando, melhor dizendo bateria. Corra USUÁRIO, corra atrás de uma fonte, conecte-se, e se veja ali, segurando seu universo de bolso, escorado na parede da tomada. E se pergunte, a vida é sua ou foi tomada?

Desculpem-me por antecipação se encontrarem erros ortográficos ou de concordância nesse artigo. Fui multifuncional e proativo ao escrevê-lo, enquanto escrevia, Eu, postava que estava escrevendo nas redes sociais.

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