Tradicional e contemporâneo se encontram nos palcos do SESI BONECOS DO MUNDO

Festival acontece de 1º a 5 de junho e traz espetáculos de oito países e oito estados brasileiros. Apresentações acontecem no Teatro do Sesi e na Praça Cívica

MESTRE ZE DE VINA

Um festival grandioso com a participação de companhias de oito países. Uma grande estrutura de produção, com direito a cenografia, som e iluminação normalmente reservados para shows musicais. Tudo isso aliado a uma curadoria que busca resgatar, ao mesmo tempo, o que há de mais tradicional e o mais contemporâneo no teatro de bonecos. Assim pode ser definido o SESI BONECOS DO MUNDO, que chega a Goiânia, no dia 1º de junho, trazendo na bagagem espetáculos dos Estados Unidos, Hungria, Espanha, Itália, Rússia, Japão, Peru e Brasil. Entre os brasileiros, estarão em cena, companhias do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Brasília, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Goiás. O projeto é patrocinado pelo SESI, com acesso gratuito.

Os espetáculos acontecerão em dois locais: no Teatro do Sesi (de 1º a 3 de junho) e ao ar livre, na Praça Cívica, no final de semana (sábado,4; e domingo 5 de junho). Para as apresentações no teatro, o público precisará retirar os ingressos na bilheteria, a partir das 12h, no mesmo dia da apresentação. Serão entregues dois ingressos por pessoa. O festival também traz uma exposição em homenagem ao Teatro de Bonecos Popular do Nordeste, que foi elevado a Patrimônio Cultural do Brasil, no ano passado. Haverá ainda performances ao ar livre, cenografia interativa, mostra fotográfica, feirinha temática. Intercâmbio de linguagens com teatro, música, literatura, fotografia, artesanato, audiovisual, além do espetáculo “Alice Live”, do grupo Giramundo, com a banda Pato Fu ao vivo, para fechar as apresentações do sábado. Como fomento artístico, haverá também oficinas para profissionais, ministradas por artistas renomados do Brasil e do exterior.

De acordo com Lina Rosa Vieira, curadora do festival, a proposta do SESI BONECOS DO MUNDO é também quebrar estereótipos que gravitam em torno do teatro de bonecos. “O boneco não é só para criança, nem está segmentado apenas nas manifestações folclóricas. É uma expressão artística que tanto pode ter espetáculo com quatro toneladas de equipamentos quanto pode ser feito no próprio corpo do artista.” Observa Lina. Na edição deste ano, haverá uma justa homenagem ao Teatro Popular de Bonecos do Nordeste que, no ano passado, tornou-se patrimônio cultural brasileiro. “Ao mesmo tempo, que celebramos o imenso valor do Mamulengo, buscamos o diálogo com outras linguagens, como é o caso do espetáculo Alice Live, que tem manipulação de bonecos gigantes e pequenos, passando por todas as técnicas, dialogando com projeções audiovisuais, ao som da banda Pato Fu, ao vivo, por trás das marionetes”, exemplifica.

COMPANHIAS – O festival começa com as apresentações no Teatro do Sesi. A abertura ficará por conta da companhia americana The Hubber Marionettes, com o espetáculo “Animação Suspensa”. No segundo dia, é a vez dos peruanos Hugo e Ines que levam ao palco “Pequenos Contos”. A última apresentação no teatro será da carioca Pequod, que encena “Pe Quo Deux”. Este último, só para jovens e adultos.

Já na Praça Cívica, durante o final de semana, várias atrações se revezam nos três palcos do festival. Também haverá performances entre o público e na Praça dos Mamulengos.  No total, serão mais de 40 apresentações de grupos internacionais e nacionais: Mikropodium (Hungria), Viktor Antonov (Rússia), Girovago & Rondella  (Itália), The Huber Marionettes (Estados Unidos), Hugo e Ines (Peru), LaSal (Espanha) e  Kakashi-za (Japão). Os brasileiros estarão representados pelo Giramundo (MG), mestres mamulengueiros (DF, RN e PE), Mosaico Cultural (RS), Truks (SP), Cia. Theatro Arte e Fogo (GO), Pia Fraus (SP), PeQuod (RJ) .

Esta é a terceira vez que o Sesi Bonecos vem a Goiânia. A primeira, em 2005, foi vista por cerca de 20 mil pessoas. Voltou em 2009, com um público estimado em 30 mil. Ao longo de suas 11 edições, o festival percorreu todas as capitais brasileiras e o Distrito Federal. Desde 2004, o projeto propõe abrir espaços cada vez maiores para o Teatro de Bonecos. Livres do condicionamento das pequenas salas, marionetes das mais tradicionais às mais contemporâneas de 17 países, sendo aplaudidas por mais 2,1 milhões de pessoas. (Palavra Comunicação)

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