Uso de máscaras e a percepção da halitose é tema da Campanha Nacional de Combate ao Mau Hálito

(divulgação)
Denise Santiago
Ações virtuais com informações e orientações sobre saúde bucal e tratamentos serão realizadas a partir do dia 22 de setembro Há um ano e meio o mundo mudou. 
Em março de 2020, a Organização Mundial de Saúde (OMS) elevou o estado de contaminação da Covid-19 à pandemia, influenciando a rotina de bilhões de pessoas, que precisaram se adaptar a novos hábitos. De repente, não eram só médicos, cirurgiões-dentistas e outros profissionais que precisavam usar máscaras durante o trabalho. O artigo se tornou necessário e obrigatório para todos no mundo inteiro, como forma de proteção contra o tão temido vírus, representando uma barreira física contra perdigotos contaminados que ficam suspensos no ar. 
Com o uso frequente da máscara, durante horas seguidas, muitas pessoas começaram a achar que o acessório contribuiu para a percepção do próprio mau hálito. Mas será que isso acontece mesmo? Segunda a cirurgiã-dentista Karyne Magalhães, presidente da Associação Brasileira de Halitose (ABHA), de fato algumas pessoas têm relatado a presença de um odor desagradável “preso às máscaras”. “A partir disso, muita gente tem buscado tratamentos. No entanto, algumas vezes, essas mesmas pessoas não costumam trocar as máscaras no período indicado. Isso faz com que os artigos fiquem com odores diversos, como da alimentação, de espirros, da saliva. Ou seja, o cheiro desagradável nem sempre é do próprio hálito”, alerta. 
Ainda segundo a cirurgiã-dentista, também há casos em que o odor incômodo é, na verdade, uma halitose transitória. “Todos nós, um dia ou outro, podemos apresentar um hálito desagradável. E sabe de uma coisa? Podemos não sentir o odor vindo da própria boca. Mas com o uso da máscara isso pode ser mais possível. A halitose transitória tem inúmeros motivos, como alteração no organismo ou uso de medicamentos, e ela pode até desaparecer sem tratamento. Esse não é o caso da halitose contínua, que costuma ser algo presente há tempos na vida do paciente. Mas quem sofre com halitose não é capaz de avaliar o próprio hálito e algumas pessoas tiveram conhecimento disso apenas com o uso da máscara”, explica. A halitose ou mau hálito é uma condição anormal do hálito (odor expirado pelos pulmões, boca e narinas), que se altera de forma desagradável. 
No Brasil, pesquisas revelam que aproximadamente 30% da população sofrem com o problema, cerca de 50 milhões de pessoas. A halitose não é uma doença, mas pode denunciar a ocorrência de alguma patologia, problema de saúde ou alteração fisiológica. Ou seja, é um sinal de que algo no organismo está em desequilíbrio, devendo ser identificado através de um correto diagnóstico e tratado adequadamente quando o problema torna-se crônico. 
A campanha prevê orientações sobre higienização, adequação dos hábitos diários para manutenção da saúde bucal e informações sobre tratamento direcionado, que possam tranquilizar o paciente. Conheça a ABHA A Associação Brasileira de Halitose, designada pela sigla ABHA (www.abha.org.br.), é uma Associação Civil, de direito privado, de caráter cultural e científico, sem fins lucrativos, religiosos ou políticos, constituída por um número ilimitado de associados e fundada na capital do estado do Bahia, em 1998. Atualmente é a principal referência quando se fala em halitose no Brasil, graças ao desempenho de seus diretores e membros, que trazem em cada ato a seriedade e, acima de tudo, o compromisso com a categoria odontológica e a população. Um dos objetivos é alertar a população contra o uso indevido de produtos que não possuem registro junto à ANVISA. Além de incentivar o desenvolvimento e aprimoramento de estudos e pesquisas na área de Halitose, contribuindo para o crescimento técnico e científico dos profissionais de diferentes áreas da saúde. 

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